“A UFRGS continua comprometida com a Serra Gaúcha”, diz Reitor

“A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) continua comprometida com a Serra Gaúcha”. Assim definiu o reitor da instituição, Rui Oppermann, depois de reunião com os prefeitos da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) na última semana.

Em entrevista exclusiva para a Rádio Difusora 890, ele lembrou o contingenciamento de recursos do Governo Federal neste momento, com a suspensão de investimentos para projetos de expansão, como o tão sonhado campus da UFRGS na Serra. Cabe salientar que em fevereiro de 2015 em Assembleia na cidade de Nova Pádua, os prefeitos da Amesne decidiram em maioria absoluta o local para instalação do campus Serra da UFRGS uma área no Vale dos Vinhedos, entre os bairros Borghetto e Garibaldina, entre Bento Gonçalves e Garibaldi, pertencente a Embrapa Uva e Vinho.

O reitor destacou que o projeto para um ‘campus pequeno’ giraria entre 40 e 50 milhões de reais. “Não podemos aceitar agora a área da Embrapa, sem ter um projeto de expansão. Vamos ser apontados pelo Tribunal de Contas da União. Se não há previsão de investimentos na área, vamos ter um problema de gestão pública, então não podemos dizer nem que sim, nem que não”, completou.

A Amesne sugeriu uma união de esforços nas mais diversas esferas, como Ministérios e até emendas parlamentares, para buscar recursos ao projeto. Falou ainda que uma Parceria Público Privada não seria possível, pois haveria uma “contradição de finalidades. A implantação do campus tem que ser financiado por recursos públicos, abrindo vagas para servidores públicos, carreiras permanentes, quem decide é o Governo Federal através de dotação orçamentária”, acrescentou Oppermann,

O reitor acredita em melhores resultados em um trabalho junto a Associação dos Prefeitos. “Vamos buscar sensibilizar o Governo Federal, não o MEC (Ministério da Educação) que já está engajado, mas o setor de planejamento, ali seria possível cogitar este recurso para colocar no orçamento”, disse.

Confirmou ainda de estar mais próximo da Serra. “Queremos estar mais presentes. Na dificuldade de um projeto a curto prazo, podemos buscar outras estratégicas. Desde o oferecimento de serviços da UFRGS em termos de tecnologia, inovação, empreendedorismo, para junto com as Prefeituras e organizações, motivar e trabalharmos juntos para uma realização”, encerrou.

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Relembre

O prefeito de Garibaldi, Antônio Cettolin, salientou que “é importante que o reitor colocou o objetivo claro da Universidade, de estar presente na Serra Gaúcha. Temos que celebrar ainda que vamos renovar o convênio que temos das intenções da UFRGS com a Amesne”, disse. O ex-presidente da Amesne sempre reforçou a importância desta bandeira quando esteve à frente da Associação que representa 34 municípios da região.

Guilherme Pasin, prefeito de Bento Gonçalves, reconheceu que “fizemos reascender o processo de trazer a UFRGS para a Serra Gaúcha em um espaço já definido que é no Vale dos Vinhedos. O reitor posicionou algumas angústias, mas saímos imbuídos de uma pauta conjunta até junto as instâncias nacionais para alocação de recursos”, definiu.

O presidente da Amesne, prefeito de Veranópolis, Waldemar De Carli, que assumiu o cargo no final de abril, salientou que a bandeira regional continuará, embora “a curto prazo não tem nenhuma perspectiva de orçamento. A Universidade alega que existe uma dificuldade financeira e vamos ter que discutir uma outra forma de introduzir a UFRGS aos poucos”, disse.

 

 

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

 

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