Novos senadores tomam posse e sem acordo, escolha da presidência fica para este sábado

Os 54 senadores eleitos em outubro passado tomaram posse nesta sexta-feira (1º) no Plenário. Eles representam dois terços da composição da Casa e terão oito anos de mandato.

A reunião preparatória estava marcada para as 15h, mas começou com 34 minutos de atraso. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidiu os trabalhos. Terceiro suplente de secretário, ele é o único integrante da Mesa remanescente do período anterior.

O juramento de posse foi lido em Plenário pelo senador Jaques Wagner (PT-BA). Ele é o parlamentar mais idoso eleito pela Bahia, o primeiro estado criado no Brasil.

— Prometo guardar a Constituição federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil — declarou Jaques Wagner.

De acordo com o Regimento Interno, os outros senadores não precisariam repetir o juramento completo. Mas senador Davi Alcolumbre introduziu “uma inovação” no rito de posse. Ele convidou para também ler o termo o mais novo entre os parlamentares eleitos em outubro, o senador Irajá (PSD-TO).

— Vivemos momentos de renovação da política nacional. Por ser o mais jovem, convido o senador Irajá para fazer o juramento em nome da juventude brasileira, que acredita em um país com menos injustiças e mais respeito a seu povo e sua gente — afirmou Alcolumbre.

Em seguida, os outros 52 parlamentares eleitos foram chamados a prestar o juramento e a repetirem, um a um: “Assim o prometo”.

A reunião durou 30 minutos. Além de familiares e convidados dos novos senadores, autoridades dos três Poderes acompanharam a cerimônia no Plenário. Entre elas, os ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Bento Albuquerque (Minas e Energia); o governador João Dória (São Paulo); o ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União; os ex-senadores Mauro Benevides e Rodrigo Rollemberg; o ex-governador Ciro Gomes (Ceará); e o ex-prefeito Gilberto Kassab (São Paulo).

Jefferson Rudy/Agência Senado

Presidência

Após cinco horas de discussão, foi adiada a reunião em que seria eleito o novo presidente do Senado. O impasse se deu em torno da decisão pelo voto aberto, que foi tomada por 50 votos favoráveis e dois contrários.

A sessão foi marcada por reações acaloradas dos senadores, vários dos quais não aceitaram a mudança do rito para escolha do novo presidente. Como não houve acordo, depois de nova votação, a sessão foi suspensa e será retomada neste sábado (2), às 11 horas.

Bancadas

As bancadas dos maiores partidos diminuíram e o número de parlamentares em legendas de médio porte aumentou. A maior bancada ao início de 2019, a do MDB, conta com 13 senadores na eleição da Mesa. Esse é o menor número já registrado para a maior bancada.

Em seguida vem o PSD, com dez senadores. É a primeira vez que o segundo maior partido do Senado tem menos de 12 representantes.

O MDB e o PSD são as únicas bancadas que se descolam das demais, reunindo forças próprias que alcançam, sozinhas, pelo menos 10% da composição da Casa (nove senadores). Desde que o Senado passou a ter 81 parlamentares, em 1991, nunca houve menos do que três bancadas com esse tamanho.

Bancada Gaúcha

Os representantes gaúchos no Senado são Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT). O progressista foi o primeiro colocado no pleito de 2018 com 2.316.177 votos – 21,94% do total –, já o petista aparece com 1.875.245 votos – 17,76% do total.

Além deles, o senador Lasier Martins (PSD), eleito em 2014, também representará o Rio Grande do Sul, já que o mandato tem duração de 8 anos.

 

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora com informações da Agência Brasil

 

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