Amesne retoma debate do campus UFRGS na Serra e orçamento ainda é empecilho

Em janeiro deste ano a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) reafirmou a existência de uma revisão da política de expansão com cortes de orçamento para ampliações. A afirmação foi dada em entrevista para Rádio Difusora, na realização do vestibular em Bento Gonçalves. Contudo, desde o começo do ano os prefeitos da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) tentavam uma audiência com a Reitoria para volta do debate. Quatro meses depois, a reunião aconteceu nesta quarta-feira, 2, em Porto Alegre, na própria reitoria.

Na oportunidade a Universidade reforçou a suspensão de investimentos, mas teria garantido o interesse em instalar-se na Serra Gaúcha. Cabe salientar que em fevereiro de 2015 em Assembleia na cidade de Nova Pádua, os prefeitos da Amesne decidiram em maioria absoluta o local para instalação do campus Serra da UFRGS uma área no Vale dos Vinhedos, entre os bairros Borghetto e Garibaldina, entre Bento Gonçalves e Garibaldi, pertencente a Embrapa Uva e Vinho.

O prefeito de Garibaldi, Antônio Cettolin, salientou que “é importante que o retiro colocou o objetivo claro da Universidade, de estar presente na Serra Gaúcha. Temos que celebrar ainda que vamos renovar o convênio que temos das intenções da UFRGS com a Amesne”, disse. O ex-presidente da Amesne sempre reforçou a importância desta bandeira quando esteve à frente da Associação que representa 34 municípios da região.

Guilherme Pasin, prefeito de Bento Gonçalves, reconheceu que “fizemos reascender o processo de trazer a UFRGS para a Serra Gaúcha em um espaço já definido que é no Vale dos Vinhedos. O reitor posicionou algumas angústias, mas saímos imbuídos de uma pauta conjunta até junto as instâncias nacionais para alocação de recursos”, definiu.

O presidente da Amesne, prefeito de Veranópolis, Waldemar De Carli, que assumiu o cargo no final de abril, salientou que a bandeira regional continuará, embora “a curto prazo não tem nenhuma perspectiva de orçamento. A Universidade alega que existe uma dificuldade financeira e vamos ter que discutir uma outra forma de introduzir a UFRGS aos poucos”, disse.

“De imediato queremos estar mais próximos dos municípios, atuando através de núcleos de inovação tecnológicos para depois levarmos uma extensão”, afirmou Rui Oppermann, reitor da instituição, durante o encontro.

A reportagem da Difusora tenta uma entrevista com a Reitoria há dois dias, mas ainda não teve retorno da Assessoria de Imprensa.

Um dos próximos passos a ser realizado será a presença da Reitoria em uma das Assembleias da Amesne, ainda nos próximos meses, onde os prefeitos poderão até propor alternativas, como Parcerias Público Privadas, para tentar agilizar o trâmite.

Participaram da comitiva os prefeitos de Garibaldi, Antonio Cettolin, de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, de Veranópolis Waldemar de Carli (atual presidente da AMESNE), o chefe da EMBRAPA, Mauro Celso Zanus, o ex-prefeito de Nova Araçá e ex-presidente da AMESNE, Aícaro Umberto Ferrari, representantes de entidades empresariais, presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves – CIC-BG, Elton Paulo Gialdi e da Câmara de Indústria e Comércio – CIC Garibaldi, Alexandra Nicolini Brufatto. Da UFRGS participaram o reitor, Rui Vicente Oppermann, Vice-Reitora, Jane Fraga Tutikian, Diretor do Parque Tecnológico, Marcelo Soares Lubaszwqski, chefe de gabinete, João Mello, Superintendente de Infraestrutura, Edy Isaias Junior e Pró – Reitor de Pesquisa, Luís Lamb.

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*todos os prefeitos mencionados na reportagem foram ouvidos pela Difusora

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

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