As duas semanas de retorno às aulas de forma gradual envolvendo escolinhas particulares e Escolas Municipais Infantis reascenderam a discussão de retomada, mesmo que de forma facultativa e mediante protocolos.
O Cpers/Sindicato tem utilizado o slogan #EscolasFechadasVidasPreservadas!, tanto que preocupado com a segurança sanitária, protocolou no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) um requerimento contrário a reabertura.
A Rádio Difusora conversou com a coordenadora do 12º núcleo que tem sede em Bento Gonçalves, a diretora Juçara Borges. Segundo a professora a situação da epidemia não está controlada e um alerta está sendo realizado neste momento.
“A posição é que no momento não estamos com a curva diminuindo de contaminação. Não estamos num patamar para reiniciar e as Escolas do Estado não tem suporte, condições e profissionais para utilizar os protocolos exigidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde). No papel é tudo muito bonito, mas a vida importa”, comentou.
A dirigente criticou a decisão do Governo do Estado e reiterou de que o ensino remoto deveria ter tido continuidade em sua totalidade para preservar a vida dos alunos e professores.
Acrescentou ainda que “tem muitos colegas no grupo de risco com problemas de diabete, que é hipertenso, que são obesos, não contando os funcionários também. É muito preocupante”, disse.
“Nada substitui a aula presencial do aprendizado”
Reconhecendo a relevância da saúde em primeiro lugar, contudo, a necessidade de um olhar para aspectos que envolvem o desenvolvimento dos estudantes, principalmente crianças, a psicopedagoga, especialista em Educação Infantil e Inclusão Escolar, Rosângela Penso Reginato, destaca fatores positivos da volta.
“As angústias foram muito porque tem crianças no ensino remoto que não conseguem acompanhar a aula online. Tem muitas distrações, ai não fica o tempo que precisa ficar com atenção na tela, tem o tablet ou a televisão e por isto é necessária uma rotina alinhada”, comenta.
Claro que não é uma regra exata, pois alguns estudantes se adaptaram ao ensino virtual e o retorno facultativo possibilita regressar as escolas conforme entendimento de cada família.
“A maioria não quer voltar e acontecendo de forma gradativa se ganha muito”, acrescenta.
Veja a entrevista com Rosângela em vídeo:
Ensinos Médio, Superior e Técnico voltam na segunda
De acordo com Decreto publicado no Diário Oficial no dia 21 de setembro retornam as aulas do ensino médio da rede municipal com 50% da capacidade da sala numa semana e 50% da capacidade da sala na outra semana, sendo o horário presencial das 7h20min às 11h05min.
Os profissionais do ensino médio da Rede Municipal com carga horária de 20 horas farão: 5 períodos condensados de 45 min cada em sala de aula e 1h15 min à disposição dos alunos que estão no ensino remoto, tendo preservada 6h de atividades semanais.
Na data também podem retornar o Ensino Superior, Ensino Médio e Ensino Técnico, respeitando os protocolos sanitários do Plano de Contingência.
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Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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