O período do verão, entre os meses de dezembro e março, são considerados os mais propensos para a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos de diferentes espécies. Conforme a Vigilância Epidemiológica do município, anualmente, em média, são registrados 500 acidentes causados por todo tipo de animais com peçonha.
Os acidentes causados por animais peçonhentos são sazonais, ocorrendo, principalmente, durante os meses mais quentes do ano. Com a aproximação do inverno, conforme a Vigilância Epidemiológica, eles começam a reduzir, gradualmente. As aranhas são as principais causadoras de acidentes no município, sendo responsáveis por 38,4% do total de casos, seguidas pelas abelhas (26,7%) e pelas lagartas urticantes (10,5%).
Em uma menor proporção, contam-se os acidentes envolvendo serpentes e escorpiões. A cada ano, são registrados cerca de 188 acidentes envolvendo aranhas. Os homens são os que mais sofrem acidentes com aranhas (53,6% dos casos). Em 2024, pelo menos 124 pessoas necessitaram de atendimento em decorrência de acidentes causados por aranhas.
Conforme o enfermeiro da Vigilância Epidemiológica José da Rosa “no caso das aranhas, por exemplo, são nas residências onde elas costumam encontrar boas condições de abrigo, reprodução e alimentação. As espécies Armadeira e a Marrom são caçadoras, e adentram as residências à procura de alimento ou de abrigo, motivo pelo qual acabam sendo encontradas com muita facilidade pelas pessoas. É justamente essa proximidade com os humanos, somada a uma maior atividade vital durante o verão, que favorecem o encontro de animais peçonhentos nas residências, bem como, a ocorrência de acidentes”.
Ainda conforme o enfermeiro “devido a maior frequência dos acidentes, é necessário destacar dois gêneros de aranhas: o gênero Loxosceles (aranha marrom) e o gênero Phoneutria (armadeira). Essas duas aranhas, juntas, respondem por 52,8% do total de acidentes registrados em nosso município. A aranha marrom é um animal cosmopolita e que está muito bem adaptada ao convívio com os seres humanos. Ela é facilmente encontrada dentro e ao redor das residências em entulhos, atrás de quadros, dentro de armários, de móveis e de roupas. A maioria dos acidentes ocorre quando a pessoa veste uma roupa e esmaga a aranha marrom contra o corpo”.
Ferimento por picada de aranha
O ferimento pode variar desde uma pequena área inflamada na pele, até uma extensa necrose cutânea do local onde ocorreu a picada, com graves complicações da função dos rins. A aranha armadeira, por sua vez, prefere se abrigar em locais escuros e, não raro, se entoca dentro dos calçados e próxima a locais com entulhos. Por conta disso, em boa parte dos acidentes a picada dessa aranha ocorre nos pés (ao calçar um sapato) e nas mãos (ao manusear objetos). A peçonha da armadeira causa uma dor intensa que pode se irradiar do local da picada para toda a extensão do membro.
Atendimento das Pessoas Expostas a Animais Peçonhentos
As pessoas expostas a picadas de aranhas e de outros animais peçonhentos devem tentar capturar o animal que causou o acidente e levá-lo junto até o serviço de saúde. Isso permite a identificação do animal e ajuda a equipe de saúde a decidir as medidas terapêuticas que serão necessárias. Em Bento Gonçalves, as equipes de Vigilância Epidemiológica e Ambiental ajudam a fazer a identificação dos animais peçonhentos.
Medidas de prevenção dos acidentes com animais peçonhentos
As medidas de prevenção de acidentes com animais peçonhentos incluem medidas simples, como, por exemplo:
>Usar botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos, quando estiver em áreas de mata, pomares, hortas, lavouras ou bosques.
>Usar luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc. e para podar árvores ou colher frutas e legumes.
>Não colocar a mão desprotegida em buracos, sob pedras, ou em troncos podres.
>Verificar sinais de presença de animais peçonhentos antes de subir em árvores para colher ou podar.
>Limpar paióis e terreiros, não deixar acumular lixo.
>Fechar buracos de muros, ralos e frestas de portas e janelas.
>Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, de tijolos, de telhas, de madeiras, bem como, não deixar o mato alto ao redor das casas, pois estes locais atraem e abrigam insetos e pequenos animais (ratos, lagartos) que servem de alimentos a diversos animais peçonhentos.
>Acondicionar o lixo em recipientes e sacos fechados.
>Eliminar insetos e ratos que servem de alimentos para os animais peçonhentos.
>Manter jardins e quintais limpos. Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos numa faixa de dois metros junto das casas.
>Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles.
>Usar telas contra insetos em ralos do chão e de pias.
Em caso de intoxicação e acidentes com animais peçonhentos é indicado ligar para o Centro de Informação Toxicológica do RS (CIT-RS), através do contato 0800 721 3000. O serviço atende 24 horas todos os dias e fornece orientações para os profissionais e para a população em geral.
O CIT RS é a referência estadual para fornecer o apoio técnico dos serviços de saúde (hospitais, UPAs, etc) que atendem as vítimas de intoxicação e de animais peçonhentos.
Fonte e imagem: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura de Bento Gonçalves
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