O Vaticano se ofereceu como mediador da crise entre o governo e a oposição na Venezuela, com a condição de entrar na questão apenas sob convite formal dos dois lados. Esse é o conteúdo da carta enviada em agosto pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, ao secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, informou o jornal El País nessa quarta-feira (14).
Na carta, publicada pelo periódico, Parolin responde a um convite enviado no dia 25 de julho, em nome da Unasul, pelo ex-premier espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, pelo ex-presidente do Panamá Martin Torrijos e pelo ex-líder da República Dominicana Leonel Fernández. O grupo tenta solucionar a situação no país e convidou formalmente a Santa Sé para ajudar na questão.
“Agradeço a alta consideração demonstrada pela Igreja Católica, que tem em seu coração o compromisso com a paz e o progresso das nações e que, como pode assegurar várias vezes à Vossa Excelência, se mostra disponível para contribuir com a superação da crise que aflige a Venezuela”, escreveu o secretário de Estado.
O cardeal ressaltou que o pedido para a chamada “formal” de governo e oposição se deve ao fato de que eles estariam “mais receptivos para acolher eventuais sugestões a fim de seguir adiante de maneira duradoura e proveitosa”.
“O Santo Padre abençoa e acompanha com a oração esta árdua missão e faz votos para que, o mais rápido possível, o amado povo venezuelano possa retomar o debate civil em um ambiente de confiança mútua e deixe para trás tantos sofrimentos, que atingem sobretudo os cidadãos mais pobres e indefesos”, ressalta o religioso.
Parolin ainda afirma que é preciso que “aqueles que têm nas mãos o destino da Pátria” consigam superar as “rivalidades e a hostilidade política e se reconheçam irmãos”.
Na noite de terça-feira (13), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, havia informado sobre a existência da carta do papa e agradeceu Francisco “pelas palavras que expressou no comunicado”.
Antes da questão venezuelana, a postura do papa Francisco foi fundamental para a retomada das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba e para a concretização da assinatura do acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Fonte: Agência Brasil
“Panorama religioso dos séculos XX e XXI” é o tema do ciclo de debates da Diocese de Caxias e UCS nesta quarta, 23 de abril
Governador Eduardo Leite participa de missa em homenagem ao Papa Francisco
Dom José Gislon preside Missa em sufrágio pelo Papa Francisco, na Catedral de Caxias do Sul