Panorama da Federação Varejista do RS traz análise otimista com dados referentes a junho
Mesmo com alguns setores, especialmente entre os Serviços e Indústrias, ainda se ressentindo dos estragos causados pela tragédia ambiental de maio, nichos do varejo dão mostras de que o movimento de reconstrução do Rio Grande do Sul está aquecendo a economia. Em junho, a análise do Varejo Ampliado do Estado mostra crescimento significativo nas vendas de setores como materiais de escritório (18,4%), móveis e eletrodomésticos (9,6%), veículos, motocicletas, partes e peças (3%) e materiais de construção (0,6%) em relação ao período anterior. O crescimento total do Varejo Ampliado foi de 13,8% no Rio Grande do Sul em junho, enquanto no Brasil foi de apenas 0,6%. Os dados fazem parte do Panorama do Comércio de agosto, organizado pela Federação Varejista do RS.
Em maio, os setores de materiais de construção haviam registrado baixa de -1,5% e o de veículos, uma queda de -13,4%, como resultado direto da tragédia. Em junho, a alta do consumo dos gaúchos nos setores de hipermercados e supermercados (14%) e de atacadistas de alimentos e bebidas (13,1%) manteve o ritmo observado desde o início do ano, com índices percentuais de crescimento acima do dobro do país. Quando considerado o Comércio Varejista, sem levar em conta os setores detalhados, no Estado também teve variação positiva de 1,8% em junho, mas mais próxima à variação nacional, que foi de -1% no mesmo período.
No mercado de trabalho, o movimento dos setores varejistas também começa a impactar positivamente. Dados do Caged apontam saldo negativo de -8.569 vagas no Rio Grande do Sul em julho _ no mês anterior, a balança negativa de vagas chegou a -22.180 de saldo. No setor de comércio, o saldo foi de -2.529 em julho _ eram -5.520 em junho. O volume de desligamentos no comércio manteve-se na faixa dos 30 mil. No entanto, o crescimento de admissões foi significativo. Foram contratadas 28.253 pessoas para o comércio em julho, um aumento de vagas de 15,1% no setor.
Por outro lado, os setores de Serviços, com queda de -4,9%, e da Indústria, de -1%, mantiveram em junho o movimento de queda na produção já verificado em maio. Nacionalmente, houve crescimento dos dois setores econômicos.
O Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) em Porto Alegre, em julho, teve alta de 2,8%, ficando na média do Brasil, de 2,87%. Além dos transportes e alimentos, que lideram a inflação nos levantamentos desde começo do ano, o setor de habitação mantém, como visto em maio, um peso importante no orçamento da Capital durante o movimento de retomada após a tragédia, chegando a 14% do índice.
O índice de inadimplência do gaúcho em julho, conforme o SPC, segue em queda, de -4,34%. E 46,12% dos inadimplentes devem menos de R$ 1 mil.
Fonte: Exata Comunicação
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