Uma queda de 1.660 postos de trabalho em maio deste ano, ante retração de 891 vagas no mesmo mês de 2015, no que se refere ao emprego no varejo gaúcho, é o que aponta a análise mensal da conjuntura econômica realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas – FCDL-RS.
Para o presidente da entidade associativista, Vitor Augusto Koch, fica claro que a aceleração de dispensas ocorreu em função do final de contratos temporários que tinham como foco principal as vendas para o Dia das Mães.
– De maneira geral, os lojistas gaúchos já realizaram seus ajustes de adequação de pessoal para as novas condições que a economia brasileira está apresentando. Em princípio, os próximos meses deverão apontar que as variações de postos de trabalho serão sazonais. A FCDL-RS acredita que poderemos ter um viés de aumento moderado de empregabilidade a partir do segundo semestre que está começando – enfatiza Vitor Koch.
Na avaliação do dirigente, fatores recorrentes nos últimos meses como a alta de impostos estaduais, a crise econômica e política vivida pelo país, somando-se a queda de poder aquisitivo da população em geral, freiam o consumo e forçam os empresários do varejo a reestruturar seus quadros funcionais, o que, na maioria das vezes, acaba gerando demissões.
No âmbito dos municípios, Porto Alegre apresentou o maior saldo de demissões, com – 478 vagas, vindo logo a seguir Santa Maria, com – 122 e Rio Grande, com – 110. Da mesma forma, as contratações não são tipificadas por região ou vocação municipal, mas distribuídas de forma heterogênea, indicando a conquista de um padrão de normalidade, o que é um indício positivo para o futuro. Na totalização de maio, 283 municípios gaúchos registraram estabilidade ou alta no emprego varejista, diante de 213 com saldo negativo.
Dos 78 gêneros do comércio varejista gaúcho pesquisados pelo estudo da FCDL-RS, 24 registraram aumento ou estabilidade do número de postos de trabalho em maio deste ano, diante de 54 segmentos em queda. Os destaques positivos ficaram para os ramos relacionados ao comércio de produtos farmacêuticos e minimercados, que geraram novas vagas de emprego. Pelo lado oposto, as demissões ficaram centradas nos estabelecimentos de super e hipermercados, veículos novos e usados.
Fonte: FCDL-RS
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