Na tarde desta quarta-feira, 21, aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves (STRBG), com área de extensão em Monte Belo, Santa Tereza e Pinto Bandeira, um encontro que reuniu viticultores, representantes do movimento Sindical e técnicos de entidades envolvidas na elaboração do custo de produção da uva.
Na iminência da divulgação do valor mínimo do quilo da variedade isabel, com 15 graus, pelo Governo – já que não houve consenso novamente entre indústria e produção – , a data prevista é até dia 30, foi a oportunidade de conferir a metodologia aplicada por órgãos como o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e o Projeto Campo Futuro, desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com universidades e centros de pesquisa, que apresenta custos e riscos de preços para a produção.
O primeiro levantamento o DIEESE efetua em seus meses, com 420 famílias produtoras de uva, baseando-se em critérios da Comissão de Financiamento da Produção (C.F.P.), com distribuição de questionários avaliando custo fixo e variável, enquanto o segundo, leva-se em conta um trabalho in loco com coleta de dados em propriedade que melhor representa a produção total. Os dados técnicos apresentam valores diferentes, de R$ 1,053 a R$ 1,58. Atualmente o valor do quilo está em R$ 0,92.
O presidente do STRBG, Cedenir Postal, entende que é necessário avançar. “O interesse do agricultor é discutir o preço da uva e a preocupação da baixa valorização. Teríamos outras lutas do dia-a-dia que não precisaríamos estar aqui discutindo o preço. A inflação seria um parâmetro justo, mas tem que se chegar num denominador”, disse.
Para o presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha (SRSG), Élson Schneider, o “produtor não pode ficar numa esperança e expectativa para o preço mínimo da uva. Não tem como ficar nisso, precisamos de gestão na propriedade e entendimento para evoluir este processo”, salientou.
Ao final do encontro foi encaminhada a elaboração de uma carta conjunta, para ser enviada ainda esta semana para deputados, senadores e Governo Federal, reforçando que o atual do valor mínimo da uva (R$ 0,92) é insustentável para o produtor.
Não bastasse isto, estimam-se perdas de 25% na safra na região vitivinícola da Serra, considerando 12 municípios, com os temporais registrados no dia 31 de outubro.
Fonte e fotos: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
Campanha do Agasalho irá auxiliar no encaminhamento ao mercado de trabalho
Os 50 anos do Sindilojas em uma exposição itinerante
Empresas terão um ano para adequação à Norma sobre riscos psicossociais no ambiente de trabalho