Enquanto no começo de 2018, o projeto de implantação do campus da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) na Serra Gaúcha não teve grandes evoluções em razão do contingenciamento financeiro do Governo Federal, este 2019 inicia com uma nova alternativa para a região: a implantação de um Centro de Desenvolvimento de Inovação e Tecnologia, que teria o município de Farroupilha como forte candidato.
O projeto foi revelado em entrevista nesta segunda-feira, dia 7, pelo reitor da UFRGS, Rui Oppermann, em visita na cidade de Bento Gonçalves, um dos locais de provas do Vestibular.
Ele lembrou que o campus da Serra Gaúcha é um “compromisso com a região, mas depende de um financiamento federal. Para fazer este Centro temos a parceria da Prefeitura de Farroupilha e o objetivo principal é de propiciar consultoria para um Parque Industrial da Serra, no que se refere a alta tecnologia e inovação”, afirmou Oppermann.
A Prefeitura de Farroupilha apresentou a UFRGS uma propriedade que a Universidade possuí no município, que estaria localizada entre o Posto Modelo e o bairro 1º de Maio, em uma área com alguns pinheiros em meio à uma mata.
Conforme ainda o reitor não é possível ficar esperando, por isto “está se buscando parcerias e pensamos em utilizar esta área para construção”, completou.
Em entrevista para Rádio Difusora, o prefeito Claiton Gonçalves, que também é presidente da AUNE – (Aglomeração Urbana do Nordeste), destacou que o Poder Público respeita os trâmites legais da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) – que sugeriu ainda em 2015 a instalação do campus Serra da UFRGS uma área no Vale dos Vinhedos, entre os bairros Borghetto e Garibaldina, entre Bento Gonçalves e Garibaldi, pertencente a Embrapa Uva e Vinho -, porém pela “questão imobiliária e patrimonial para maximizar as ações e minimizar custos propomos à Universidade”, disse.
Ao questionar o reitor se o projeto de Centro Tecnológico substituiria o campus Serra, ele negou. “O campus se justifica por si só, mas tendo a comprovação de uma interação com o setor produtivo ajudará a convencer as autoridades (Governo Federal)”, relatou Oppermann. Ou seja, se o projeto de Farroupilha for mais rápido, ele poderia vir antes do próprio campus.
A própria UFRGS teria já o entendimento que a área sugerida no Vale dos Vinhedos seria de dificuldade para atendimento da necessidade de infraestrutura, pelo que apurou a reportagem.
Posição pessoal do reitor
Ele reforçou ser defensor da proposta do campus na região. “Sai de Nova Prata, mas Nova Prata não saiu de mim. Estou absolutamente convencido que a UFRGS tem na Serra um potencial de desenvolvimento incrível. Claro que a Serra será beneficiada, mas a UFRGS também. É um casamento entre conhecimento e a liderança e o trabalho”, afirmou o reitor, que inclusive se colocou a disposição para dirigir um eventual campus instalado na região.
Prefeito de Farroupilha
Claiton Gonçalves encerrou informando que não está passando por cima de qualquer decisão da Amesne, mas que “estamos numa visão maior buscando soluções reais. Não estamos aqui para discutir se é melhor aqui, acolá ou além. Temos que pensar na logística. Por isto estamos colocando a disposição o que a UFRGS já tem. Se não para construir, entendemos como equipamento acessório (Centro Tecnológico) do campus Universitário”, concluiu.
Ouça a entrevista:
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Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
Foto capa: Secom/UFRGS
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