SEDES e SESC realizam ações alusivas ao Junho Violeta, em Bento

O Junho Violeta é o mês onde se combate as violências e discriminações contra a pessoa idosa e tem no dia o 15 de junho como sua data oficial, sendo considerado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa. A data tem um caráter combativo que objetiva levar para a sociedade reflexões e formas de erradicar o preconceito e as violências contra os idosos.

Atenta a essas questões urgentes, o CRAS I realizou uma palestra com seus usuários da Zona Norte no auditório da Praça CEU, com a assistente social Renata Bittencourt. Na ocasião, foi explanado os tipos de violência que pode acontecer como a física, sexual, psicológica, abandono/negligência, abuso econômico-financeiro e patrimonial, autonegligência, agressão verbal.

A assistente social Renata Bittencourt destaca que “muitas de nossas famílias da região (usuários do CRAS I), os idosos são os provedores. As famílias são carentes e vulneráveis e são dependentes deste vó ou vô. É necessário difundir as informações para que eles tenham um aporte legal para se defender, de como lidar com situações agressivas ou, até mesmo, para que não caiam em golpes financeiros. Muitas vezes a pessoa não sabe, mas pode-se estar praticando hábitos e comportamentos de forma equivocada e poderá se enquadrar num crime previsto em lei”.

Débora Simionato, coordenadora do CRAS I, destaca a importância de fornecer orientações sobre proteção para diversos grupos. O foco principal é promover a função protetiva da família, abrangendo todas as faixas etárias, incluindo crianças, adultos e idosos. Ela enfatiza a necessidade de abordar a prevenção e conscientização das violências contra os idosos como parte desse trabalho.

“Nós trabalhamos a função protetiva da família nos CRAS I, desde a questão infantil, adulta e idosa. Dessa forma, faz-se necessário trabalhar a questão da prevenção e da conscientização das violências contra os idosos. Nossa atividade trabalha com a alusão ao Julho Violenta, pois sabemos de casos que acontecem no ambiente intrafamiliar. Temos essa obrigação legal e moral de cuidar dos idosos. Têm-se muitos casos onde os idosos não têm uma rede de apoio, os filhos não querem saber e delegam suas responsabilidades para terceiros. É um dever zelar pela atenção e cuidados com os idosos, respeitando suas limitações e histórias”.

Na Fundação Casa das Artes, o CRAS III e o Sesc realizaram palestras que também visaram o combate às violências e preconceitos à pessoa idosa, explanando sobre os tipos de agressões. Durante o encontro, também foi falado sobre a cartilha “Informar é proteger”, uma ferramenta essencial para proteger o idoso contra violências e que não caia em golpes financeiros. A cartilha foi desenvolvida pelo Comitê Municipal de Atenção à Pessoa Idosa e Conselho Municipal do Idoso (COMUI) conta com o apoio da Prefeitura por meio da Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social (SEDES) e Secretaria Municipal de Saúde e é oferecida gratuitamente nas Unidades de Saúde, CRAS e CREAS.

Maria das Graças Lorenzini, presidente do Conselho Municipal do Idoso, ressalta que “as violências psicológicas e financeiras têm aparecido com mais frequência, principalmente a negligência e abandono. Como a população está ficando mais velha, esse tipo de violência ocorre mais seguido. Então, é muito importante que a população saiba que isso existe e está acontecendo e a sociedade precisa nos apoiar neste enfrentamento”.

Angelina Machado faz parte do Maturidade Ativa do Sesc. Para ela é necessário buscar a informação correta. “É preciso procurar para a gente aprender e saber. Muita coisa a gente não sabe, não estará a par para se defender. A sociedade precisa olhar para o idoso porque muitos estão sendo maltratados inclusive pela própria família”.

Andréia Carla Antonini é coordenadora dos Grupos de Convivência da Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social. Atualmente, tem-se 23 grupos com aproximadamente 1500 idosos. Ela é enfática que é preciso combater o preconceito. “As pessoas pensam que elas nunca vão envelhecer. Um dia, chegamos na idade de 60 anos e o cenário muda. Geralmente as pessoas de mais idade começam a ter as suas limitações e as pessoas mais jovens, muitas vezes, não conseguem ter uma empatia, de se colocar no lugar do idoso, de entender que existe essa mudança. É preciso ter um olhar mais cuidadoso para com os idosos, ter respeito, compreensão”.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura

Foto: Jose Martim Estefanon

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