Samu recebeu 1 milhão de ligações indevidas em 2015 no Estado

Em 2015 o telefone do Samu tocou 2.330.639 vezes. De todas as chamadas, apenas 440.246 foram repassadas para a regulação médica. Ou seja: somente estas foram detectadas como possíveis solicitações de socorro. Isso mostra que o telefone 192 é mais utilizado para pedidos de informações gerais do que para socorro médico.

Um grande número de ligações é para saber qual o contato da polícia, dos bombeiros, da empresa de energia. Foram 656.943 chamadas desse tipo no ano passado. Já o trote ocorreu em 440.246 dos telefonemas atendidos. Somadas, as chamadas indevidas chegaram a 1,1 milhão – mais que o dobro das ligações para solicitação de socorro.

A soma inclui as regionais de Bagé, Pelotas, Caxias do Sul, Porto Alegre e da Regulação Estadual – responsável pelo atendimento de 77% da população do Rio Grande do Sul. O coordenador do serviço no estado, Leonardo Augusto Bissaco, acredita que a ideia de prestação de auxílio imediato leva as pessoas a fazerem essas chamadas impróprias. “Quem telefona sabe que será ouvido”, observa.

Enquanto os pedidos de informações gerais ficam entre 20,6% e 33,3% do total de ligações nas outras regionais, Bagé recebe menos de 5%. A explicação da coordenadora regional, Claudia Pacheco, está no trabalho de conscientização. “Fazemos panfletagens, orientamos a comunidade, visitamos escolas e alertamos pelo rádio sobre a função real do Samu”, explica.

Trotes

Além das ligações recebidas que não deveriam ter sido feitas para o Samu, e sim para outros órgãos, ainda existem os trotes. A regulação estadual já registrou 1.194 telefonemas feitos de um mesmo número, todos eles para fazer brincadeiras de mau gosto. Outras 107 ligações desse tipo já foram feitas por outro contato.

Nesses casos, enquanto a telefonista atende aos trotes, pessoas que realmente precisam de socorro podem estar à espera da linha. Pior ainda é quando uma ambulância sai da base para atender a um chamado de urgência e, ao chegar ao local, constata que era um trote. A regulação estadual foca o trabalho de conscientização nas bases dos municípios para reduzir esse número e contribuir com a agilidade do serviço.

 

Fonte: Palácio Piratini

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