A participação do pai em todos os momentos que envolvem a gestação, vai muito além dos cuidados com a mãe e o bebê. O Pré-Natal masculino desperta os cuidados relativos não somente a saúde do parceiro, mas também o preparo para receber o bebê, o desenvolvimento do exercício da paternidade, o apoio para a sua parceira em todos os momentos, incluindo o puerpério.
Com esses cuidados, o pai se sentirá parte integrante do trinômio materno/paterno e infantil, possibilitando que todos tenham saúde durante o processo do gestar e do nascimento do bebê.
“Fomos reconhecidos, estando em destaque entre os cinco municípios do Estado a realizar consultas de Pré-Natal do Parceiro. O objetivo do Programa é qualificar e identificar as ações de pré-natal masculino, ampliar a adesão de equipes dos municípios e adquirir expertise na estratégia, possibilitando desenvolver protocolos de práticas do pré-natal do pai/parceiro para municípios do Estado”, explica a coordenadora do Programa, enfermeira Cristiane Wottrich.
Bento Gonçalves iniciou em 2016 os atendimentos relacionados ao Parceiro da gestante nas Unidades Básicas de Saúde, através de consultas médicas e de enfermagem para realização de exames, testes rápidos para HIV, Hepatites B e C e Sífilis. As vacinas são atualizadas e agendadas consultas com dentista, nutricionista e psicóloga, se necessário.
O parceiro é convidado a visitar ao Centro obstétrico do Hospital Tacchini e a participar de grupos educativos. Na oportunidade também é abordado sobre a Lei do Acompanhante (Lei 11.108/05), que garante que todas as gestantes têm o direito de escolher uma pessoa para ficar com ela no hospital durante o seu trabalho de parto e pós-parto (cesariana e normal).
Para o casal Adilson e Taís, a espera do primeiro filho é considerada a melhor coisa na vida. A mãe ressalta que é muito importante ter o apoio e acompanhamento do marido. Ele se diz feliz em poder participar deste momento, saber o que acontece com ela e com o bebê.
De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, o resultado deste trabalho mostrou que no ano de 2017, Bento Gonçalves cadastrou 989 gestantes pelo Sistema Único de Saúde e deste total, foram atendidos 271 parceiros (27,4%). Das 46 gestantes que tiveram diagnóstico de sífilis, 19 parceiros foram tratados (41%).
Já em 2018, de janeiro a maio, do total das 646 gestantes cadastradas pelo SUS, 269 parceiros foram atendidos (42%). Das 36 gestantes que tiveram diagnóstico de sífilis neste período, 20 parceiros foram tratados (55,5%). Além disso, de acordo com a análise dos dados entre os anos de 2016 e 2017, reduziu em 30% os casos de sífilis congênita. Em 2018, até o mês de agosto foram detectados sete casos.
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