Prefeituras e bombeiros voluntários do Estado ganham crédito para equipamentos, veículos e instalações

Programa Badesul Bombeiros Voluntários é inédito no Brasil e surgiu a partir de pedido da Voluntersul junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado

Desde esta segunda-feira (28), prefeituras e corporações de bombeiros voluntários do Rio Grande do Sul passaram a contar com uma linha de crédito específica para investimentos nas unidades de atendimentos a emergências mantidas pelas comunidades gaúchas. O lançamento do programa Badesul Cidades – Bombeiros Voluntários ocorreu no final da manhã, na sede do banco de desenvolvimento e fomento do Estado, em Porto Alegre. A solenidade teve a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Joel Maraschin, da presidente do Badesul, Jeanette Lontra, e do presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul (Voluntersul), Anderson Jociel da Rosa.

A solenidade contou ainda com a presença do vice-presidente e diretor de Operações do Badesul, Flávio Lammel, do diretor financeiro do banco, Kalil Sehbe Filho, do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Edson Brum (representando a instituição), do presidente da Frente Parlamentar dos Bombeiros Voluntários na Assembleia Legislativa (representando a casa), deputado Elton Weber (PSB), além do deputado estadual Carlos Búrigo (MDB) e representantes do Tribunal de Contas do Estado, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), das prefeituras de Casca, Estância Velha, Minas do Leão e Butiá, além de bombeiros voluntários de Minas do Leão, Butiá, Parque Eldorado, Eldorado do Sul, Rolante e São José do Ouro.

LINHAS DE FINANCIAMENTO

“A iniciativa é pioneira no Brasil e a partir de agora vai mudar a história dos bombeiros voluntários do Rio Grande do Sul”, frisou Maraschin, sobre a importância da medida. Ele lembrou que a ideia veio a partir da própria provocação da Voluntersul à Secretaria de Desenvolvimento e ao Badesul.

Assim, o programa nasceu com duas linhas de financiamento: uma para corporações voluntárias que estejam em dia com suas finanças e obrigações legais (comprovando tudo através da contabilidade e certidões negativas) e a outra para prefeituras.

O secretário Maraschin explica que a linha para corporações voluntárias tem um orçamento de até R$ 200 mil destinados a equipamentos de proteção individuais (EPIs), mangueiras e outros equipamentos ou materiais de uso diário. Neste caso, com as instituições tendo um ano de carência e quatro para o pagamento

Já a rubrica para as prefeituras conta com R$ 10 milhões. “Com dois anos carência mais oito anos para pagar. Destinada a materiais mais pesados, como caminhões, ambulâncias, equipamentos de resgate e até sede física, por exemplo”, destaca Maraschin.  Em ambos os casos a ideia é que os projetos para equipamentos, veículos ou estruturas para bombeiros voluntários tenham também o crivo da Voluntersul, comprovando ao banco o funcionamento e as condições técnicas da unidade beneficiada, ou real situação do projeto de sua instalação.

REVOLUÇÃO

Para o presidente da Voluntersul, a iniciativa do Estado e do Badesul representa mais um passo importante em um momento histórico para os bombeiros voluntários gaúchos. “Tivemos um primeiro passo no ano passado, com a regulamentação definitiva da atividade no Estado – pela publicação da Lei Complementar 15.726/21, que garantiu segurança jurídica a um modelo de serviço que já existe há quase 50 anos no Estado e há mais de um século no Brasil. E o momento de agora, com o atendimento de uma grande demanda que havia para o financiamento das corporações”, destaca.

Anderson Jociel também lembra que atualmente as cerca de 50 unidades de bombeiro voluntários gaúchas atendem em torno de 100 municípios, sendo responsáveis diretas pela segurança de cerca de 1 milhão de pessoas. Em contrapartida, o Estado ainda possui mais de 300 municípios sem serviços próprios de bombeiros, sejam eles voluntários ou militares.

Foto: Divulgação

PG

 

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