Prefeito de Bento comenta desafio de manter leitos de UTI no pós-pandemia

Prestes a completar cinco meses em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia mundial em razão do novo coronavírus, a data é 11 de agosto, onde Estados e Municípios conseguiram ampliar suas estruturas de leitos, neste momento o debate é sobre que tipo de legado poderá ficar em termos de melhorias na área da saúde.

Na última semana a Rádio Difusora entrevistou a vice-presidente de Assuntos do Comércio do CIC/BG, Marijane Paese, que tem dado uma importante colaboração no monitoramento dos leitos através da atuação do OBSAÚDE – Observatório Regional da Saúde da Macroserra.

A expectativa é que a ferramenta de trabalho em nível de região permaneça prestando assistência quando a pandemia terminar.

“A gente teve como benefício o aumento de leitos de UTI e por muitos anos o Estado passava a não se preocupar com isso, mas o medo maior é que não se consigam ser mantidos num futuro próximo em razão dos custos”, dizia Marijane.

A pauta levantada motivou a procura da reportagem do prefeito de Bento Gonçalves, que também responde como secretário de Saúde, Guilherme Pasin. O Município atualmente conta com 50 leitos no Hospital Tacchini, sendo 23 pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e 27 privados.

Conforme o prefeito a “região ampliou muito com um grande esforço e também através de Portaria do Governo Federal”, comentou.

Isto porque o custo para um leito pode variar de R$ 1,6 mil a R$ 1,8 mil, não é somente uma cama com equipamentos.

“Estamos falando de equipes que precisam ser montadas, médicos, pneumologistas, intensivistas, enfermeiros, uma mão de obra”, acrescentou.

O prefeito destacou o andamento do debate para manutenção do maior número de leitos possível, mas será inevitável a diminuição.

Pasin comentou que “são leitos temporários financiados pelo Governo Federal. Não interpreto como perda e sim talvez não tenhamos demanda, além do alto custo. Precisamos é de equilíbrio das situações”, reforçou.

Dos atuais 50 leitos do Hospital estima-se que com 35 seria possível este atendimento, considerando que a Casa de Saúde contava com 20 antes da epidemia.

LEGADO UPA

Foram 42 leitos de internação, oito mini leitos de UTI, salas de estabilização e isolamento, estruturas viabilizadas com aportes do Município, classe empresarial e sociedade em geral. Com valores do Ministério da Saúde foi possível contratar mais profissionais para atender esta necessidade no enfrentamento ao Covid-19.

“Estamos agora falando da manutenção de uma estrutura do sistema público de saúde”, falou o prefeito.

Um dos objetivos pós período pandêmico é com o bloco cirúrgico concluído somar novas referências. Atualmente o Tacchini é referência para região em nefrologia e oncologia; o município envia pacientes com doenças cardíacas para Caxias do Sul, traumato-ortopedia para Farroupilha e oftalmologia para Nova Prata.

Um dos intuitos é tentar uma referência para Bento Gonçalves via UPA, mas antes, é necessário o início de processos cirúrgicos e habilitação do Governo Federal.

Acompanhe a entrevista com o prefeito Guilherme Pasin falando da atuação do OBSAÚDE e da pauta leitos pós-pandemia:

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

 

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