Pediatras gaúchos debatem com governo estadual implantação de partos regionalizados

A intenção do Governo do Estado é apresentar aos médicos pediatras, detalhes da proposta que está sendo construída pelo executivo estadual. O objetivo é encontrar uma solução para o problema da falta de estrutura em cidades de pequeno porte que não possuem condições adequadas para parto, em muitos casos não há a presença de médicos obstetras e pediatras plantonistas e tampouco UTI Neonatal.

– Buscamos uma saída para oferecer qualidade do atendimento para mães e para o recém-nascido. É claro que a maior parte dos bebês nascem bem, mas esse pequeno percentual de casos nos quais há algum tipo de assistência para respiração, representam um número absoluto importante e precisam de atenção – afirmou o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do RS, Marcelo Porto.

O neonatologista alerta, ainda, que os números registrados de mortalidade em hospitais que realizam poucos partos são muito altos, aumentando a importância da regionalização. Participaram do encontro realizado na última segunda-feira (24/04), na sede da Secretaria Estadual da Saúde, a presidente da SPRS, Cristina Targa Ferreira; o vice-presidente, Marcelo Porto e os pediatras Ilson Enk, Carlos Humberto Bianchi, Betânia Bohrer, Paulo Nader e Célia Magalhães. A intenção, agora, é incluir o debate na programação da Jornada Gaúcha de Atualização em Pediatria, que ocorre entre os dias 24 e 27 de maio, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre (RS).

Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, anualmente, são realizados 140 mil partos no Rio Grande do Sul. Desses, 7.873 ocorrem em hospitais de pequeno porte, 60% deles realizados por convênio. Com isso, a expectativa é de que cerca de 3.398 partos do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam transferidos para instituições regionais – o que equivale a nove partos por dia.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Foto: Ana Nascimento/MDS/Portal Brasil

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