O avanço do debate sobre Tratamento Precoce para Covid-19 na Serra

Um alinhamento que permita a disponibilização de medicamentos através das Prefeituras, com autonomia de médicos (avaliando caso a caso) sob segurança jurídica, integra a proposta de desenvolvimento de um Protocolo Regional para minimizar os impactos do novo coronavírus na região da Serra.

É o tratamento precoce para Covid-19, tese defendida por um grupo de médicos do País, que chegou ao Rio Grande do Sul com o argumento de salvar vidas e curar pessoas desde que os cuidados sejam feitos logo no início de qualquer suspeita da doença. No dia 26 de junho uma live reuniu os maiores especialistas que fazem parte desta corrente, com a mediação do jornalista Alexandre Garcia (ASSISTA AQUI como foi).

Dentre os objetivos estão o de evitar que pacientes evoluam com gravidade, evitar o colapso do sistema de saúde, definir junto aos órgãos competentes protocolos de ação para disponibilizar atendimento e acesso imediato à medicação e principalmente, a replicação viral.

Por outro lado, a divergência está na aplicação de medicamentos não legitimados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que já geraram contrariedade de entidades médicas.

Cases que apresentaram resultados são as principais razões para acreditar no levar adiante este projeto. Em Porto Feliz, interior de São Paulo, o prefeito e médico Caio Prado, distribuiu mais de 1.500 kits com medicamentos cloroquina, ivermectina e azitromicina a pacientes em estágio inicial da doença, sempre com prescrição médica (foram apenas três óbitos na cidade de quem não passou pelo tratamento precoce); em Belém, no Pará, protocolo com os mesmos medicamentos foi adotado o que ajudou a desafogar o sistema de saúde.

Mesmo sem comprovação científica e com base nos exemplos acima, a Prefeitura de Itajaí-SC comprou um carregamento de doses do medicamento ivermectina para utilização em seu município contra a Covid-19.

A reunião virtual da quinta-feira, 2 de julho, envolveu prefeitos da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste), através da liderança do presidente e prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, o coordenador do Comitê Covid-RS, Luciano Zuffo, o próprio prefeito de Porto Feliz, Caio Prado, que compartilhou suas experiências, e o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Alexandre Schneider.

O MPF através da Procuradoria de Bento Gonçalves, que representa 27 municípios, acompanha o andamento da proposta.

A Rádio Difusora 890 contatou desta a última semana, a coordenadora do grupo denominado Covid-19 – DF (que conta com 296 profissionais médicos em defesa do tratamento precoce), a médica Carine Petry, para falar mais do assunto. Uma entrevista deverá ser viabilizada nas próximas horas.

O médico Jaime Arrarte com atuação em Bento Gonçalves, foi um dos participantes da reunião virtual, ele também foi procurado mas preferiu, por enquanto, não dar entrevista. A AMEB (Associação Médica de Bento Gonçalves) deverá realizar um evento virtual para explorar mais a temática.

A reportagem ainda contatou a Assessoria de Imprensa da AMRIGS – Associação Médica do RS – que poderá se manifestar ainda nesta semana.

Acompanhe abaixo a entrevista com a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que já esteve à frente de lutas contra o câncer e a Aids e agora integra um comitê de crise no combate ao coronavírus. Ela é uma das profissionais que defende o tratamento precoce. A entrevista foi concedida para a TV Brasil.

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

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