Liminar suspende novos acolhimentos na Casa Azaléia em Bento

Após Ação Civil Pública aberta pelo Ministério Público de Bento Gonçalves, através da Promotoria da Infância e da Juventude, foi deferida liminar pela Justiça com determinação de que o município se abstenha de proceder em novos acolhimentos de crianças e adolescentes, salvo em situação excepcional, envolvendo a Casa Azaléia (Albergue Municipal).

Conforme informações do promotor Élcio Resmini Meneses, o principal motivo é a superlotação do espaço que comporta 12 crianças e que chegou a ter, semanas atrás, 26 albergados.

“Queremos que se mantenha o número limite da casa, salvo em situação excepcional”, comentou o promotor.

Ele mencionou que o MP tem conhecimento da busca do município para uma casa maior. “Mas, tem que ser um local próximo de escolas, setores de saúde, não pode ser no meio do mato”, acrescentou.

Os órgãos envolvidos no assunto, como Poder Público, Conselho Tutelar, Promotoria da Infância e da Juventude, reconhecem também que o acolhimento tem sido a primeira medida, fator que pode ter colaborado para recente lotação. Outros municípios, como Farroupilha, citou o promotor, tem buscado familiares que possam receber a criança, além dos pais, antes de imediato acolhimento.

A secretária de Habitação e Assistência Social – SEMHAS, Adriana Rigatto Gabbardo, informou que o município tem conhecimento da decisão e que já se vislumbra um novo local.

Disse ainda que já saíram oito crianças e que mais uma, deixa a Casa Azaléia nesta quinta-feira, ficando com 18 crianças no momento.

“A gente não pode deixar ninguém sem atendimento, em função da demanda da cidade estar crescendo. Dentro deste mês estaremos indo para uma casa com o dobro do tamanho desta aí”, mencionou a secretária.

O local, que é mantido em sigilo seu endereço, conta com cuidadoras, responsável pela limpeza, cozinheira, motorista, equipe técnica, psicóloga, assistente social, administrativo e setor de coordenação.

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora