A noite desta segunda-feira, 18, foi marcada pelo lançamento do selo Aprovale Cultural, uma ramificação da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos. Na sede da entidade, o pontapé inicial para o selo foi à abertura das exposições “Crianças Kaingang” e “Faces da Floresta”. São 13 fotos selecionadas que dividem espaço com oito esculturas feitas em nó de pinho, granito e basalto, que poderão ser apreciadas durante o mês de abril.
“Este é um novo passo, para uma entidade que tem o foco na Denominação de Origem e no enoturismo. Vem a somar destacando o trabalho de algum artista local e regional”, destacou o presidente da entidade, Márcio Brandelli.
A ação tem o apoio da Prefeitura Municipal. “A gente tem trabalho junto para que o Vale busque o espaço cultural e para que o turista possa conhecer um pouco mais da nossa história e da cultura da nossa região”, afirmou o subprefeito do Vale dos Vinhedos, Volnei Cristofoli.
“É na cultura que a gente une o povo. Queremos aproximar ainda mais a comunidade com o setor dos empreendimentos e com as atividades a serem desenvolvidas”, comentou a representantes da Triângulo Produção Cultural, Lenise Miorando.
As obras poderão ser apreciadas durante todo o mês de abril na sede da Aprovale – Centro de Atendimento ao Turista do Vale dos Vinhedos. O espaço fica aberto à visitação de segunda a sexta, das 09h às 17h. Finais de semana e feriados, das 09h às 12h30min e das 13h30min às 16h. A visitação é gratuita.
Sobre os artistas e suas obras
Lylian Cândido busca, através da fotografia, exaltar a beleza, a simplicidade e a inocência das crianças indígenas, em sua exposição denominada “Crianças Kaingang”.
Por volta do ano de 2001, um grupo de indígenas desta tribo saiu de Nonoai em busca de um local onde estavam enterrados os umbigos de seus antepassados. Numa outra realidade, instalaram-se as margens da RS 130, em Lajeado. As imagens captadas por Lylian são o resultado da convivência com estes índios, desde 2006. Hoje este povo reside na Terra Indígena Foxá, Jadim do Cedro.
A mesma ligação e respeito à natureza é apresentada na exposição “Faces da Floresta”, do artista bento-gonçalvense Vagner Perondi. As obras esculpidas em nó de pinho são o testemunho silencioso da devastação florestal. Representam a floresta morta retornando a vida através de rostos esculpidos que observam o observador. Em um trabalho dedicado, o artista recolhe nós de pinho e faz emergir rostos enigmáticos, por vezes agonizantes, assustados, cujo nascimento é o resultado irônico do findar de um vida, visto que o nó de pinho apenas pode ser extraído de uma árvore morta.
Ações
A ideia é realizar ainda oficinas de contação de história com artistas e moradores locais, encontros entre jovens e idosos para troca de experiências, exibições de vídeos, exposições artísticas, intervenções culturais, oficinas, além da futura instalação de uma biblioteca comunitária.
Fonte e fotos: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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