A 4ª edição do Simpósio Internacional de Escultores em Bento Gonçalves acontece de 04 a 27 de novembro de 2016 e conta com a curadoria do celebrado escultor turco Kemal Tufan.
O Simpósio está sendo realizado na rua Dr. Ronaldo Gudde (Rua Coberta), em Bento Gonçalves, com entrada franca. A ação é uma realização do Instituto Tarcísio Michelon e da Associação Caminhos de Pedra e conta com financiamento do Sistema Pró Cultura RS com patrocínio das empresas Dell Ano, Imobrás, Kidelizz e Promarmo e apoio do Dall Onder Grande Hotel, Saltur e Prefeitura de Bento Gonçalves.
Alunos do ensino fundamental e médio, além do nível universitário, terão acesso especial com visitas guiadas, visando formar público qualificado para as artes a partir dessa vivência. Além deste público, o Simpósio receberá artistas e comunidade, buscando integrar e inspirar, tanto em novas produções artísticas, quanto no desenvolvimento do interesse por novas formas de arte, tal qual sua valorização.
Quaisquer destes públicos terão a oportunidade de acompanhar de perto os estágios de criação das obras, conhecer a bagagem artística dos escultores, interagindo com eles, propiciando uma troca de olhares sobre a arte de esculpir em granito de cerca de dez toneladas.
Sobre os 10 Escultores selecionados:
JO KLEY, Alemanha
Nasceu em Ulm, Alemanha, em 1964. Após a formação como escultor e canteiro em Ulm de 1981 a 1984, estudou escultura no Muthesius Academy of Fine Art and Design em Kiel, onde ele e trabalha atualmente. A procura do equilíbrio dinâmico entre pedra bruta, formas e superfícies suaves é um grande desafio para ele, que afirma: “Nós deveríamos estar sempre conscientes do significado da expressão “liberdade da arte” e deveríamos defender esta liberdade prioritariamente”. Portanto, sinto-me livre para afirmar que uma excelente escultura em pedra engloba tanto uma energia material quanto uma imaterial. Concebo o resultado como energia em forma!”
ÜMIT TURGAY DURGUN, Turquia
Nasceu em Istanbul em 1984. Estudou escultura na Fine Art Faculty da Universidade de Marmara em Istanbul. Em seguida, continuou a formação artística em Carrara, na Itália. Ele aprecia a linguagem através de todos os materiais e geralmente utiliza dois diferentes materiais nos seus projetos. Ümit traduz em arte tudo que toca a sua alma no seu contexto circunstante. A sua obra é considerada notável e única e identifica o carácter do Ümit: comunicativo, dinâmico, enérgico.
ANTONIS MYRODIAS, Grécia
Nasceu em Atenas em 1963. Estudou escultura na Grécia e em Florença, na Itália. Trabalha e mora em Atenas. Inspirada à simplicidade e sinceridade do Modernismo, uma grande parte da sua criação artística expressa sensações e movimento através de formas geométricas abstratas. A dinâmica é uma característica crucial para Antonis, pois ele a considera um meio de comunicação com as pessoas, para socializar a sua própria visão e revelar novos caminhos para os outros. É por isto que uma grande parte da sua pesquisa pessoal na escultura é focada nas relações entre obras e público, nas ligações sociais e psicológicas criadas, procurando uma harmoniosa e sucedida coexistência no espaço.
JEROME SYMONS, Países Baixos
Jerome Symons é um artista Holandês que cria escultura, instalações e vídeos. Suas esculturas monumentais em vários materiais se encontram em várias cidades dos Países Baixos. Participou de simpósios de escultura do mundo inteiro. A sua obra expressa humor, ironia, crítica social frequentemente e poesia, constantemente. O crítico de arte italiano Daniele Perra escreve: “Jerome Symons observa em silêncio o clamoroso baile de máscaras, o jogo da vida e a burla da morte”
JORGE SCHRÖDER, Brasil
Nasceu no Rio Grande do Sul em 1962 e mora e trabalha em Balneário Camboriú (SC), Brasil. A sua escultura é intensamente ligada à observação e à valorização dos materiais independentemente das suas dureza, resistência e tamanho. Suas obras possuem presença marcante no espaço.
MAJID HAGHIGHI, Iran
Nasceu no Iran em 1983. Estudou escultura na Fine Art Faculty de Teheran de 2003 a 2008. Mora e trabalha em Teheran, Iran. A sua obra “Something is still a diamond”, com formas geométricas perfeitas e proposta para o Simpósio de Bento Gonçalves, é parte da coleção “Forgotten corners” e reproduz algumas partes da arquitetura tradicional iraniana, hoje em dia a risco de esquecimento e que representa sozinha toda a gloria deste patrimônio arquitetônico. Majid está instalando uma escultura em cada cidade diferente do mundo, a significar um presente da Persia.
FRANCESCA BERNARDINI, Itália
Nasceu em 1974 em Carrara, cidade na região italiana da Toscana famosa no mundo inteiro pelas pedreiras de mármore e pela tradição secular de escultura em pedra. Estudou escultura na Accademia di Belle Arti em Carrara, onde mora e trabalha. Ela traz inspiração da observação dos detalhes do microcosmo natural, que tenta enfatizar e destorcer. Seu conceito de escultura é influenciado pelas experiências de vida. Como uma semente tentando brotar, a forma se estica, a geometria explode em elementos delicados mas também aguçados.
NANDO ÁLVAREZ, Espanha
Nasceu em Espanha em 1974. Estudou na University of Santiago de Compostela. Ele mora e trabalha na região da Galícia, na Espanha. As suas obras são inspiradas nos elementos da natureza sem forma definida, como fogo, vento e água. Através de materiais estáticos e inertes qual pedra, tenta capturar o dinamismo dos movimentos de outros elementos. As formas abstratas das suas esculturas abrem as portas também a outras possíveis interpretações.
QIAN SIHUA, China
Nasceu em 1963 na China. Formou-se em 1981 na Fujian Art Design School e em 1987 na The Academy of Arts and Design na Universidade de Tsinghua, na China. Desde a graduação atua como escultor profissional no Instituto de Escultura de Sichuan. Nos últimos 30 anos instalou muitas esculturas em vários países, quais Itália, Dinamarca, Rússia, Austrália e em China por exemplo no Parque Olímpico de Beijing. A sua arte pública apela ao pensamento contemporâneo com legado da cultura chinesa.
FRANÇOIS WEIL, França
Nasceu em 1964, mora e trabalha na França. O que surpreende nas obras de François Weil é a negação de todas as tradições de estatuária, como a modelagem e o polimento. Seus trabalhos abrangem a tensão de pedra e aço, o equilíbrio que soluciona o conflito entre gravidade e ausência de peso. François não tenta sublimar o material, ele acredita que o sublime está no próprio material. O artista prioriza outras técnicas e princípio, se comparado a outras formas de escultura, qual princípios da física para conseguir resultados milagroso de equilíbrio. Pode-se perceber tensão nas esculturas dele, no desafio da gravidade dos blocos de rocha suspendidos por partes automotivas de aço.
Sobre o Curador do IV Simpósio
Kemal Tufan é escultor, formado em Engenharia Industrial e pós-graduado em artes visuais, matéria a qual leciona na Universidade de Istambul. Tem 30 anos de experiência, estando à frente de 17 simpósios em Istambul, capital da Turquia, e participando, como artista, de dezenas de eventos similares em 35 países, como Japão, China, Finlândia, EUA, Alemanha, França, Brasil, dentre outros.
De acordo com o curador, a importância de um evento deste porte ultrapassa fronteiras e fortalece o segmento diante do mundo inteiro, além de, segundo ele, ser esta a função dele à frente da direção artística do evento. “Neste momento, o mundo volta seus olhos a Bento Gonçalves e desperta a curiosidade da população para uma cidade que valoriza a escultura como processo de criação e representação histórica”, relata.
Exposição Panorama da Escultura em Pedra do Rio Grande do Sul e o Encontro de Escultores Gaúchos em Pedra
Novidade, durante o IV Simpósio, paralelamente, no mesmo local, acontecerão duas novas ações: a exposição Panorama da Escultura em Pedra do Rio Grande do Sul e o Encontro de Escultores Gaúchos em Pedra, ambos com a curadoria do escultor Mario Cladera.
De acordo com o curador, a exposição Panorama da Escultura em Pedra do Rio Grande do Sul, que acontecerá de 11 à 27 de novembro, não pretende ser um panorama completo da escultura em pedra produzida no estado, mas inclui alguns nomes de artistas seminais junto a outros ainda atuantes que consolidaram sua carreira sobretudo a partir dos anos 80. São obras de tamanho médio realizadas em diversas pedras e que apresentam uma identidade da escultura local com uma grande influência de produção figurativa. Os escultores que integram a exposição são: Francisco Stockinger, Gumercindo Pacheco da Silva (Guma), Cláudio Martins Costa, Paulo Aguinsky, Eloísa Tregnago, Che Kalika, Henrique Radomsky, Jamil Fraga e Mauri Menegotto (Gotto).
Sobre os escultores:
Cláudio Martins Costa nasceu em Porto Alegre em 1932 e faleceu em 2005 formado em Artes Plásticas pela UFRGS foi professor do Instituto de Artes no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre.
Francisco Stockinger nasceu na Áustria, em 1919 e faleceu em 2009, em 1921 passa a residir com a família no Brasil. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e passa a trabalhar no atelier de Bruno Jorge. Fundador do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre em 1961 em sua trajetória teve êxito e reconhecimento nacional e internacional com participações em Bienais e Salões do Brasil e do exterior.
Gumercindo Pacheco da Silva | Guma nasceu em Tapes, em 1924 e faleceu em 2008, servente do Instituto de Artes da UFRGS no contato com alunos e mestres acabou transformando-se em escultor primitivo criando uma obra de forte linguagem telúrica.
Paulo Aguinsky nasceu em São Borja, em 1942, formado em Medicina, foi aluno no Atelier Livre com trajetória nacional e internacional com diversos prêmios no pais e no exterior.
Eloísa Tregnago nasceu em Bento Gonçalves, em 1958, estudou com Bez Batti, Vasco Prado e Francisco Stockinger, Danúbio Gonçalves e Plinio Bernhardt.
Che Kalika nasceu em Montenegro, em 1948, iniciou atividades na década de 70, estudou com Vasco Prado e Francisco Stockinger no MARGS e frequenta o Atelier Livre sendo aluno de Claudio Martins Costa.
Henrique Radomsky nasceu em Porto Alegre, em 1946, aluno do Atelier Livre, participou do grupo Vila Nova orientado por Francisco Stockinger e é fundador e primeiro presidente da AAERGS.
Jamil Fraga nasceu Porto Alegre em 1957, aluno de Vasco Prado e Zoravia Betiol, proprietário da Fundição Artística e participa de diversos Salões e Exposições desde a década de 80.
Mauri Menegotto | Gotto nasceu em Bento Gonçalves em 1965 trabalhou com João Bez Batti e participa de exposições coletivas e individuais pelo Estado.
Sobre as obras da Exposição:
Gotto,
Bento Gonçalves, 1965
“Amazona”, basalto, 2014
Che Kalika
Montenegro,1953
“Pachamama”, mármore 2016
Eloisa Tregnago
Bento Gonçalves, 1958
“sem título”, mármore, 2016
Claudio Martins Costa
Porto Alegre, 1932 – 2005
“Abraço”, pedra gres, 1983
Coleção César Vergara Martins Costa
Francisco Stockinger
Austria, 1919 – 2009
“Paisagem lunar”, mármore, 2008
Coleção Eloisa Tregnago
Guma
Tapes, 1924 – 2008
“sem título”, pedra sabão, anos 60 aprox.
Acervo da família
Jamil Fraga
Porto alegre, 1957
“Libertação”, granito, 2016
Henrique Radomsky
Porto Alegre, 1946
“Sugerindo torso”, mármore, 2014
Paulo Aguinsky
São Borja , 1942
“Torso negro”, basalto, 2010
Já o Encontro de Escultores Gaúchos em Pedra reúne três artistas atuantes do estado do RS, um deles já com uma trajetória junto a simpósios de esculturas. São três talentos que trabalham a pedra como suporte da sua obra e que são bons exemplos do que se pode aguardar da produção escultórica gaúcha. Além de consolidar um diálogo entre os três, possibilitará o intercâmbio junto aos escultores do IV Simpósio. O que permite de alguma forma que a experiência do Encontro e do Simpósio estabeleçam uma troca de experiências entre os participantes. Os escultores selecionados para este encontro são: Ricardo Kersting, Hidalgo Adams e Ricardo Aguiar. O encontro acontecerá entre os dias 18 à 27 de novembro de 2016. A pedra trabalhada será mármore moura do Espírito Santo, de pesando aproximadamente de 400 kilos.
Sobre os escultores do Encontro:
Hidalgo Adams nasceu em Cerro Largo, no ano de 1962 e iniciou com o primitivista GUma, cursou o atelier livre com Cláudio Martins Costa e recebeu ensinamentos de Francisco Stockinger.
Ricardo Kersting, Porto Alegre, 1953 , estudou no Atelier Livre da Prefeitura de POA, estagiou na Academia de Artes de Carrara, Itália, participou de 17 simpósios internacionais e 4 nacionais de escultura, organizador dos workshops e do simpósio internacional de escultura de Itapuã, RS.
Ricardo Aguiar, Santa Maria, 1962, cursou Artes Plásticas na UFRGS, no atelier Livre da Prefeitura de POA, escultura com José Francisco Alves e cerâmica com Bira Lacava, atualmente realiza exposição individual “Lo oculto en la piedra en bruto”, Malconado, Uruguai.
Sobre o Curador da Exposição Panorama da Escultura em Pedra do Rio Grande do Sul e o Encontro de Escultores Gaúchos em Pedra
Mario Cladera é escultor desde 1979, com formação pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do RS. Trabalhou junto ao escultor Vasco Prado, a gravurista Zoravia Betiol e a ceramista argentina Martha Kearns. É membro diretor da Associação dos Escultores do Rio Grande do Sul – AAERGS.
Sobre o IV Simpósio:
Como nas outras edições, participam do simpósio 10 escultores de diferentes países do globo terrestre. A fim de gerar maior integração, a seleção da curadoria selecionou artistas dos seguintes países Alemanha, Turquia, Grécia, Países Baixos, Brasil, Irã, Itália, Espanha, China e França.
As esculturas, resultantes do evento, terão em torno de sete toneladas e a pedra selecionada para 2016 é o granito, por ser abundante e popular na América Latina, mais precisamente no Rio Grande do Sul. O desafio para os escultores selecionados será lidar com a dureza da matéria-prima.
Pós-simpósio, as peças, acabadas e assinadas, estarão expostas no Parque Domadores de Pedra, juntamente com as 32 obras decorrentes das edições anteriores do Simpósio. O parque fica no roteiro turístico Caminhos de Pedra, e em breve estará aberto à visitação do público.
Sobre o Instituto Tarcísio Michelon
O Instituto Tarcísio Michelon é uma associação sem fins lucrativos que desenvolve atividades socioculturais desde abril de 2008. Atualmente, o ITM atende 150 crianças e jovens em aulas continuadas de música e canto coral. Deste trabalho resultou a Orquestra Filarmônica e o coro Jovem do ITM.
O Instituto também promove ações que, também, disseminam a cultura como forma de desenvolvimento social, em Bento Gonçalves e adjacências, por meio de projetos culturais nas áreas da música, artes visuais e audiovisual.
Serviço:
IV Simpósio Internacional de Escultores de Bento Gonçalves
Quando: de 04 à 27 de novembro de 2016.
Onde: Rua Dr. Ronaldo Gudde (Rua Coberta) em Bento Gonçalves/RS
Quanto: Entrada Franca
Horário de visitação: das 9h às 20h
Exposição Panorama da Escultura em Pedra do Rio Grande do Sul
Quando: De 11 à 27 de novembro de 2016.
Horário de visitação: das 9h às 18h
Local: Rua Dr. Ronaldo Gudde, (Rua Coberta) em Bento Gonçalves/RS.
Entrada Franca.
Encontro de Escultores Gaúchos em Pedra
Quando: de 18 à 27 de novembro de 2016.
Onde: Rua Dr. Ronaldo Gudde (Rua Coberta), em Bento Gonçalves/RS
Quanto: Entrada Franca
Horário de visitação: das 9h às 20h
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