O inverno, que inicia na segunda-feira (20) e se estende até o dia 22 de setembro, terá temperaturas predominando entre o padrão normal e um pouco abaixo. As chuvas, em julho, devem ficar na média climática na maioria das regiões do Rio Grande do Sul e um pouco acima no leste do Estado. Em agosto, devem ser reduzidas principalmente na parte norte. Quem informa é a agrometeorologista da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Bernadete Radin, com base nos dados do boletim climático elaborado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e o Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS) da Fepagro.
Bernadete explica que o fenômeno El Niño ainda está atuando no Estado, mas já perde força, e a previsão é de que o La Niña (esfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial) apareça na primavera. Em julho, as temperaturas mínimas variam, na média, entre 7ºC e 10ºC, enquanto as máximas devem ficar entre 16ºC e 20ºC. Já em agosto, as mínimas ficam entre 7,5ºC e 11ºC, e as máximas entre 17ºC e 23ºC.
“Será um agosto com temperaturas baixas e seco. E essa condição é benéfica para a cultura do trigo, pois não cria condições favoráveis para o aparecimento de doenças fúngicas e para a ocorrência de pragas”, esclarece.
A pesquisadora conta que a fruticultura também será favorecida pelo clima, porque precisa de horas de frio para ter uma boa brotação e, consequentemente, uma boa produção. “As macieiras, videiras, pessegueiros e ameixeiras tendem a ser beneficiadas”.
Recomendações
Bernadete recomenda aos produtores que não deixem o solo descoberto, que usem uma cobertura verde para protegê-lo; que evitem o excesso de irrigação nos pomares; e cuidem a abertura e o fechamento dos cultivos protegidos (com estufas) – que abram de manhã cedo para evitar a umidade e, em dias mais frios, fechem duas horas antes do pôr do sol para reter o calor.
Fonte: Fepagro
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