O repórter Benito Rosa conversou com o gerente comercial da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Miguel Carraro Neto, destacando a missão de comercialização dos produtos da empresa, “tão importante quanto sua qualidade”. Confira a entrevista abaixo:
Rádio Difusora: Miguel, como é o desafio de atuar como gerente comercial?
Miguel: É um prazer de poder divulgar nosso trabalho. A Cooperativa Vinícola Garibaldi vem de um caminhar, nesses últimos anos, de evoluir com o associado para ter uma boa matéria prima, ter um trabalho de elaboração com o que tem de melhor, com bons enólogos, mas na área comercial também vem se preparando bastante.
Rádio Difusora: E o tempo na Cooperativa?
Miguel – Eu estou na Cooperativa Garibaldi já há mais de vinte anos e foram várias as funções. Essa última, como Gerente Comercial, já são quase 15 anos. Então, foi todo um trabalho e, hoje, eu trabalho, como se diz, “ de São Paulo prá cima “, ou seja, cuido dessas Regiões.
Rádio Difusora: E quais são essas Regiões e como isso funciona?
Miguel – Nessas Regiões, temos um grupo de representantes, então, praticamente, em cada Capital, no Norte e Nordeste, tem um representante da Cooperativa Garibaldi. Já no Centro Oeste e Sudeste tem um pouco mais, pois nós dividimos um pouco mais. São mais de trinta representantes que, hoje, eu coordeno. Então, esses representantes, são responsáveis para descobrir e abrir esse mercado.
Rádio Difusora – Essa missão é conquistar preferências e novos consumidores?
Miguel – A Cooperativa Garibaldi ela vem tentando buscar um mercado novo, um mercado jovem, buscar o mercado da degustação, da promoção, divulgando esse produto, para que essa marca Garibaldi se faça presente. O Espumante Garibaldi já está sendo reconhecido. Então é todo um trabalho de buscar esse mercado, visitar esses clientes.
Rádio Difusora – Qual é o grande foco?
Miguel – Hoje o grande foco nosso ainda é o varejo, supermercado, as grandes redes, mas também procuramos visitar as pequenas. Procuramos hoje a rede hoteleira que também é muito importante, restaurantes…todo o mercado que consome Espumantes nós estamos presentes.
Rádio Difusora: A Cooperativa Garibaldi trabalha com filiais?
Miguel – Para facilitar esse trabalho, nós abrimos algumas filiais. Temos em São Paulo, uma das mais antigas que atende todo o Estado de São Paulo, em Minas Gerais que atende todo aquele Estado e uma no Nordeste, que atinge todos nove Estados do Nordeste.
Rádio Difusora – Isso gera despesas de transporte?
Miguel – Sim, o transporte hoje tem um custo muito alto, mas procuramos junto com toda essa logística e parceiros, fazer com que isso não pese tanto, diminuir esses custos.
Rádio Difusora– Descobrir essas regiões no Brasil não é missão fácil por questões de clima e hábitos bem característicos, diferenciados já presentes nas pessoas que ali vivem, então.
Miguel – Sim, é muito engraçado, têm coisas que a gente, muitas vezes, não consegue. Um exemplo que a gente sempre fala: o vinho suave, no momento a gente se fala muito que no Norte e Nordeste, consome muito. E realmente é um grande consumo. Mas aí, tu entras para a linha dos Espumantes, nós temos o Moscatel que é doce, leve, com frescor e aroma que poderia agradar a esse público, mas já é o contrário, o pessoal quer o Espumante Brut !!!
Rádio Difusora – Impressionante isso?
Miguel – Agora com o trabalho, com insistência em algumas degustações e eventos, começam a descobrir o Moscatel. É aquela coisa de seguir tendências. O Moscatel aqui no Sul se toma muito o Moscatel. A gente vai aprendendo e conhecendo. Por exemplo, em Brasília, quando das primeiras apresentações eu falava do Moscatel, a primeira rejeição: é doce, enjoado e não quero, diziam. Mas, por insistência, nós colocávamos na degustação e a gente via que, ele provavam e, aos poucos, ficavam surpreendidos e descobrem que não é nada daquilo que imaginavam. Mas ainda temos um caminho longo, muito mercado para desenvolver, muito por fazer. Mas estamos com os pés no chão.
Rádio Difusora– E sobre os vinhos?
Miguel – Ainda é uma área muito disputado. O importado é muito procurado, mas o mercado avança e, nós, com o Espumante, vamos apresentando nossos vinhos e, eles, aos poucos, vão descobrindo nossos vinhos, sabendo de nossas premiações, tudo vai somando.
Rádio Difusora – E essa combinação entre bebida e comida?
Miguel – A gente sempre procura desmistificar. Estamos incentivando apreciar os vinhos sem regras, contrários ao que se estabeleceu alguns anos atrás. Você toma como gosta. Mas cada região tem sua particularidade. A gente vai tentando aprender e buscando combinar.
Rádio Difusora – O homem está mais prá vinhos secos e as mulheres mais para os suaves?
Miguel – Claro que tem pessoas que não abrem mão de seus gostos, mas as mudanças também estão sendo visíveis. A evolução, as mudanças vão acontecendo à medida que as pessoas descobrem e, isso, estamos fazendo através das degustações. Temos que desmistificar.
Rádio Difusora – E a concorrência interna e a externa? Os preços dificultam o consumo?
Miguel – O que a gente sempre procura fazer é respeitar a concorrência. A Cooperativa Garibaldi está apresentando um preço justo, qualidade e respeito. Divulgamos nosso produto, que temos qualidade, que somos premiadíssimos. Esse é o caminho.
Rádio Difusora – O consumo nacional é ainda baixo?
Miguel – Sim, nos Espumantes é ainda baixíssimo. Nos vinhos, o percentual é maior, mas ainda com muito a conquistar. Essa nossa profissão é uma missão de levar nossa marca para o Brasil e para o Mundo.
Números relevantes
– Recorde de visitantes no complexo enoturístico: 128 mil pessoas
– Estados onde a marca mais cresceu: Mato Grosso (57%), Pernambuco (50%) e Santa Catarina (37%).
– Vinícola brasileira mais premiada, com 86 conquistas (entre medalhas, títulos e menções honrosas)
– O relatório aponta, ainda, que a Cooperativa Vinícola Garibaldi encerrou 2018 contabilizando 399 famílias associadas – sendo que os municípios com maior número de produtores são: Garibaldi (152); Santa Tereza (51); Coronel Pilar (47) e Monte Belo (43).
Sobre a Cooperativa Vinícola Garibaldi
A história da Cooperativa Vinícola Garibaldi começou a ser escrita em 1931, pela união de diversas famílias de agricultores como alternativa para vencer as dificuldades econômicas do país na época. Atualmente, são 400 famílias associadas, localizadas em 15 municípios da Serra gaúcha. Seu portfólio tem 65 produtos distribuídos em 12 marcas, entre espumantes, vinhos tintos e brancos, linhas de exportação, frisantes, filtrados e sucos de uva – além de opções orgânicas e biodinâmicas.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora / Repórter Benito Rosa
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