O Conselho de Consumidores de Energia Elétrica da RGE realizou na tarde desta quarta-feira, dia 28, um encontro na sede da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, para tratar da Legislação Vigente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre Geração Distribuída e sistemas fotovoltaicos.
Conforme o presidente do Conselho, Claiton Gaieski Pires, a sociedade precisa conhecer e viabilizar projetos para a geração de energia através de consórcios ou iniciativas próprias.
” É necessário estimular as entidades e os municípios a buscarem esse tipo de geração formando consórcios ou com iniciativas individuais. A ideia é que esse conhecimento seja cada vez mais ampliado e a nossa sociedade comece conhecer e se aprofundar para viabilizar os projetos. O poder público pode se consorciar com a iniciativa privada e criar métodos de geração de energia. É uma oportunidade que está aí”, disse.
Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Trata-se da micro e da minigeração distribuídas de energia elétrica, inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade.
Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto ambiental, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação da matriz energética.
Questionado pela reportagem da Rádio Difusora sobre os significativos aumentos na conta de energia elétrica em 2018, Pires disse que as tarifas brasileiras e os custos de energia são muito elevados. Por esse motivo, num primeiro aspecto, os consumidores, através de suas entidades representativas, devem acompanhar os processos de regulação de preços das companhias. O segundo ponto é economizar energia.
” O consumidor sofre no bolso as decisões que o setor elétrico nacional toma. O fato é que as tarifas brasileiras são muito altas, o custo de energia é muito alto, então o que a gente recomenda é que o consumidor converse com a sua entidade representativa, seja um sindicato ou uma associação comercial, e provocar que essa entidade acompanhe o processo de regulação, pois é muito difícil pro consumidor individual analisar a formação de uma política energética nacional, esse é o primeiro aspecto. O segundo é economizar, não tem outro jeito. Tem que pensar racionalmente, buscar equipamentos que consumam menos energia, se organizar para que o consumo não seja excessivo ou até mesmo pensar numa auto geração, se ele tiver capital ou condições de fazer isso, é um caminho interessante, mas sempre analisando caso a caso”, explica.
O processo de conversão da energia solar utiliza células fotovoltaicas normalmente feitas de silício ou outro material semicondutor. Quando a luz solar incide sobre uma célula fotovoltaica, os elétrons do material semicondutor são postos em movimento, desta forma gerando eletricidade. A fotovoltaica pode ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior for a radiação solar maior será a quantidade de eletricidade produzida.
Confira a manifestação do presidente do Conselho, Claiton Gaieski Pires:
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Fonte: Airton Ferreira/Central de Jornalismo da Rádio Difusora
Imagens: Airton Ferreira/Central de Jornalismo da Rádio Difusora
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