Educação Inclusiva é tema de formação promovida pela Secretaria de Educação em Bento

Os momentos foram conduzidos por Ana Rosimeri Araujo da Cunha, pesquisadora atuante no tema

Em março, a Secretaria de Educação (SMED)  iniciou os trabalhos referentes às formações continuadas para os profissionais da rede pública de ensino. As formações são essenciais para potencializar as habilidades e competências dos mesmos, diante dos desafios das transformações na esfera pedagógica, atualizações, debates sobre temas contemporâneos e urgentes para o dia a dia dos educandários, entre outros.

Nesta perspectiva, em março, visando ao acolhimento dos profissionais da educação, aconteceu a formação “Valores humanos: espaços e tempos para o (auto)cuidado”, ministrada pelo sociólogo, escritor e Doutor em Teologia pela PUCRS, Giovanni Mattiello.

Agora, em abril, foi realizada a formação “Gestão em sala de aula e estratégias para uma educação inclusiva”, conduzida por Ana Rosimeri Araujo da Cunha, professora, Pedagoga da Educação Especial (PUCRS), Psicopedagoga Clínica e Institucional (FAPA), Mestre em Educação, Pós graduada em Neuropsicopedagogia e diretora pedagógica da Baobá Educacional, com atuação em assessorias e palestras a vários municípios do Brasil. Em média, 240 profissionais da rede municipal participaram desses momentos formativos.

A formadora Ana explica que a educação inclusiva é “respeitar a diversidade do ser humano e interagir com as pessoas. Além de respeitar, eu tenho que me colocar em ação com todo mundo. É estar com as pessoas respeitando as limitações, valorizando o potencial do ser humano, ter um olhar ampliado. Antes, era um olhar muito reduzido, para as limitações. Hoje, entram as questões de gênero, de religiosidade, deficiências. Todo mundo tem como aprender com aquilo que é diverso da gente”.

Um exemplo de estratégia para uma educação inclusiva é o Desenho Universal de Aprendizagem, que visa à acessibilidade ao conhecimento por todos os alunos e traz como princípios o engajamento, a representação, a ação e expressão (como o conhecimento será colocado em uso pelo estudante), com vistas ao protagonismo do aluno em seu processo de construção de aprendizagem.

“É pensar estratégias de acesso a todas as pessoas nas escolas, que todas as pessoas tenham a mesma cena de conhecimento, de conteúdo. Mas que cada um vai receber, nesse momento da oferta, diversidades e formas de explorar aquele material. É algo proposto para todos os estudantes ao mesmo tempo, e explorando com a habilidade que eles têm, com o recurso que o professor está apresentando”.

Caroline Borges, vice-diretora da EMI Luz do Amanhã, desfrutou da formação continuada e destaca que uma educação inclusiva precisa ser humanizadora. “Pensar na educação inclusiva hoje é pensar na educação como um todo, a partir do momento em que todos nós precisamos, em algum momento, ser incluídos também. Quando se pensa a educação inclusiva, na maioria das vezes, pensa-se apenas nas crianças que apresentam alguma deficiência, crianças com laudo médico, mas pensar a educação inclusiva deve ser pensar em todas as  crianças, pois todas precisam ser olhadas nas dificuldades, habilidades e potencialidades. Quando pensamos desse modo, a inclusão se torna realidade e a escola se humaniza”.

Durante os encontros, Ana dialogou com os profissionais e percebeu que “é uma rede pública muito empenhada. Tem vivências de inclusão muito significativas e que está se colocando em momento de aprender, querem fazer melhor. Está interessada e aberta ao diálogo de inclusão, a qual precisa estar presente durante todo o ano letivo”.

A assessora pedagógica da SMED, Marli Marangoni, destaca que a formação sobre Educação Inclusiva proporcionou “subsídios teórico-práticos para fortalecer as práticas pedagógicas, tendo em vista a garantia de aprendizagens voltadas às experiências, de modo significativo e criativo. Isso possibilitou instrumentalizar os professores para a promoção da aprendizagem e a qualificação do desempenho de todos os alunos, com foco na educação inclusiva e no desenvolvimento de habilidades essenciais para a continuidade dos estudos e para a vida”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura

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