Documentário produzido por alunos do Colégio Sagrado de Bento é finalista no Festival “Meu Primeiro Filme”

Alunos do Ensino Médio da Escola Sagrado Coração de Jesus, de Bento Gonçalves, participaram no último final de semana do Festival “Meu Primeiro Filme”, uma promoção do Santander Cultural Porto Alegre e da Prana Filmes.

Os alunos concorreram na categoria documentário, com o curta-metragem “Iwí Angawaraitá”, que significa “Terra dos Encantados” no idioma Tupaiu. O material foi finalista em melhor direção e melhor documentário, entre mais de 40 inscritos. Também concorreram os curtas “A Velhice Toma Conta” (prêmio de Menção Honrosa) e “Desavenças”. A aluna Débora Dall’Agnol Dal Piva, ganhou o prêmio de Melhor Atriz.

Para produzir o material os alunos estiveram no mês de julho inseridos na Aldeia indígena Tupaiu, povoado Aningalzinho, às margens do Rio Arapiuns na cidade de Santarém/PA.

O projeto foi chamado de Missão Pará e faz parte de outro projeto, denominado “É Hora de Liderar” desenvolvido dentro da escola.Além de uma inserção no cotidiano da aldeia e nas atividades dos indígenas, o grupo esteve em vários momentos de trocas culturais e aprendizado colhendo ainda, as demandas da aldeia e trazendo para a sua realidade a fim de elaborar projetos para atendê-las.

O trabalho foi desenvolvido sob a coordenação dos educadores Altemir Schwarz, professor de Filosofia e Tiago Antônio Zilio, de Geografia, e tem três frentes de pesquisa e ação – Alimentação, Movimentos Migratórios e Humanidades.

“Já no início do ano nós criamos os grupos de estudo, e dentro desses grupos surgiu esse que foi pra essa missão junto dessa aldeia indígena, no Alto Tapajós. Então fomos pra cidade de Santarém, de lá seguimos seis horas de barco até essa aldeia indígena. Ficamos lá cinco dias em uma imersão cultural, sem água encanada, sem luz, sem telefone, pra viver realmente a cultura deles. No retorno juntamos os registros e produzimos o documentário” destacou Zílio

O professor Altemir falou sobre o trabalho de pesquisa e preparação que foi feito antes da viajem “são três anos de construção de um projeto de aprendizagem no contra-turno que nesse ano foi dado o nome de É Hora de Liderar. É um projeto de pesquisa, que visa a autonomia dos alunos e a iniciação a pesquisa científica, e nesse ano o foco são a alimentação e os movimentos migratórios”.

A aluna Victória Boaro Bolesina falou sobre a experiência de ter convivido com o povo indígena e ter experimentado um cotidiano totalmente diferente “pra todos nós foi uma experiência muito boa, nós estávamos muito nervosos durante a viagem, mas quando a gente chegou foi muito legal, porque nós nos ajudamos pra tirar as coisa do barco, o cacique veio nos receber, explicou as coisas e nos ofereceu um local pra ficar. Eles nunca haviam recebido visitantes lá, nós fomos os primeiros”.

Já Pedro Henrique Comachio destacou o sentimento de solidariedade e o alto nível de espiritualidade encontrado na aldeia “eu achei muito interessante a questão espiritual, com o sagrado. Eles realmente tem um respeito muito grande porque eles veem realmente como entidades superiores, achei muito interessante”. O evento ocorreu no Santander Cultural, na capital gaúcha.

Além do curta “Iwí-Angawaraitá” a escola teve outros trabalhos representados no festival. Prêmio de Menção Honrosa para o Curta A Velhice Toma Conta ( turma 21) e melhor atriz para .

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