Daniel Randon abre congresso na Fiema Brasil com ensinamentos sobre sustentabilidade

Presidente da Randoncorp contou o que vem sendo feito, no grupo que dirige, e comentou sobre atividades ligadas às questões ambientais, evolução tecnológica e de governança interna

O empresário Daniel Randon, presidente da Randoncorp – maior fabricante de reboques e semirreboques da América Latina e referência global em soluções para transportes – contou como as empresas do grupo vêm lidando com temas ligados à inovação tecnológica, governança e gestão ambiental (práticas de ESG), nos últimos anos. Ele foi o palestrante na abertura do 7º Congresso Internacional de Tecnologia Para o Meio Ambiente da Fiema Brasil, na tarde desta terça-feira (09), que faz parte da programação do FiemaCon, evento paralelo à feira e destinado à ciência, tecnologia e ao conhecimento.

Randon falou que o ponto de partida para a transformação se deu ainda em 2007, quando o grupo Rondon criou seu Guia de Conduta Ética, paralelamente à adoção de outras medidas de governança, como a publicação do primeiro relatório de sustentabilidade, em 2008. Desde 2017, as empresas Randon mantêm uma rotina de atividades diretamente ligadas às práticas ambientais, evolução tecnológica e de governança interna. “São vários processos que estamos melhorando ano a ano. A evolução da ESG não é de curto, mas de longo prazo, e a empresa está trabalhando neste sentido ao longo de sua história”, afirmou.

Os pilares da ESG fazem parte das diretrizes do grupo empresarial e, na opinião dele, devem ser observados por todas as organizações, comerciais, industriais ou prestadoras de serviços, que desejam se manter no mercado e em contínuo desenvolvimento. “Toda vez que se pensa em alguma inovação, as primeiras perguntas devem ser se ela tem sustentabilidade, se faz parte dos nossos propósitos, se oferece possibilidade para todos, se é de excelência, se tem valor, condução ética e responsável”, explicou.

Um dos passos recentes e que Daniel Randon define como muito importante para o grupo de empresas que dirige foi a divulgação, em 2021, do plano de compromissos públicos com a ESG. “Serviu para que assumíssemos posicionamento firme internamente e com o público externo. Nunca encaramos isso como despesa, mas investimento, e se não adotássemos a postura, poderíamos prejudicar a imagem da nossa organização. É preciso lembrar que, antigamente, as empresas quebravam por problemas de caixa. Hoje, muitas empresas quebram por fata de reputação, muito antes de ter problemas financeiros”, alertou.

Ele também comentou que, na questão ambiental, a Randoncorp anunciou, no ano passado, a pretensão de investir R$ 100 milhões, até 2030, no desenvolvimento e utilização de energias renováveis e alternativas. “Acreditamos que está é uma oportunidade cada vez maior de novos negócios. Um dos nossos projetos é o Rondon Solar, que apresentamos em 2022 na Fenatran (Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas). É o uso de placas solares para refrigeração e como auxiliar na geração de energia, reduzindo de 20 a 30% o consumo de combustível do caminhão, ônibus, semirreboque ou máquina agrícola”, contou, citando exemplos.

O dirigente ainda alertou para a necessidade de os empresários dedicarem atenção às questões como utilização de matérias-primas mais leves e que reduzam a emissão de carbono na atmosfera. “Hoje já empregamos compostos que chegam a ser 60% mais leves que o aço, recicláveis, e que contribuem para a sustentabilidade. Outro ponto importante é a descarbonização de produtos e processos. Nossos clientes vão exigir isso, e nós vamos exigir dos fornecedores. É preciso entender que essa é uma cadeia muito importante, e necessitamos descobrir como fazer para que os objetivos finais sejam atingidos”, comentou.

Randon deixou como recado que é preciso encarar desafios para entender e atender o que o cliente está pedindo – entre eles as questões de ESG, tecnologia, governança e sustentabilidade. “É preciso estar ciente que o futuro vai exigir que sejamos cada vez melhores, mais competitivos. Se não fizermos algo para atender o que nosso cliente está demandando, outra empresa, um concorrente nosso, vai chegar lá e fornecer o que está sendo pedido, as vezes com custo menor e, por isso, mais competitivo”, disse.

Foto: Augusto Tomasi

Fonte: Exata Comunicação

PG

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