Da série de reportagens sobre o abastecimento de água em Bento Gonçalves realizada pela Rádio Difusora, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) sabe da realidade do município (oscilação no abastecimento em alguns momentos, rompimentos de redes e até uma equipe reduzida para resolução dos problemas). A afirmação é do diretor de Expansão, Marcus Vinicus Caberlon.
“Tem sido feitas algumas obras de ampliação no sistema local, mas ainda não é uma solução para a cidade, que continua com um abastecimento regular”, disse.
Por isto o diretor ressaltou um ambicioso projeto de ampliação que está em desenvolvimento, que irá beneficiar não apenas a Capital do Vinho, mas também municípios de Garibaldi, Farroupilha e Carlos Barbosa. Trata-se da captação de água no Rio das Antas, assentamento de adutoras de água bruta e tratada e a construção de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), em Bento Gonçalves, com capacidade para 1 mil litros por segundo. O investimento é de R$ 166 milhões com um financiamento junto ao Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Até 2020 toda a estrutura estará concluída e operando.
“Com esta obra estaremos duplando a vazão e oferecendo um abastecimento de melhor qualidade para a população regional”, afirmou.
A Corsan recomenda o uso racional da água e sugere que os moradores busquem a instalação de caixas d´água em suas residências, os chamados reservatórios próprios. Em caso de falta de abastecimento, pode ser uma solução temporária.
“Não podemos obrigar ninguém a instalar, mas é prudente. A intermitência no abastecimento é algo relativamente corriqueiro”, alertou o diretor.
A unidade da Corsan em Bento Gonçalves tem uma equipe de apenas sete servidores para a manutenção de toda a cidade. Devido a demanda (uma média de 3 a 5 chamados por dia – 100 a 150 por mês), às vezes um local tem que esperar mais do que deveria para o reparo ser efetuado.
“O ideal seria termos o dobro da equipe”, confidenciou Marciano Dal Pizzol, gerente da unidade em entrevista para Difusora.
Questionado sobre a possibilidade de reforço no quadro, Caberlon recordou que nos últimos quatro anos foram nomeados pelo menos 1 mil funcionários. Entretanto, muitos deixaram suas funções ou até se aposentaram. Outra dificuldade é que “algumas atividades, como de rua, operação, deixaram de ser atrativas para alguns empregados públicos e não conseguimos ampliar”, acrescentou.
Uma possibilidade futura é buscar uma empresa, até mesmo terceirizada, que possa fornecer mão de obra e suprir as eventuais carências.
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Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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