Com aumento de apreensões de drogas na BR-470, crescem ações penais na Justiça Federal

Os quase dois anos da Delegacia da Polícia Federal (PRF) em Bento Gonçalves trouxe um incremento de apreensões de drogas as margens da BR-470. Somente em 2017, mais de meia tonelada (573 kg) de pasta base de cocaína e derivados foram apreendidas. O montante rende cerca de 10 quilos de cocaína após processada. Esta quantidade é 47% do apreendido deste produto em todo estado do Rio Grande do Sul pela PRF.

Estas apreensões resultaram em um aumento de processos na 1ª Vara Federal de Bento Gonçalves, conforme o  juiz federal substituto Eduardo Kahler Ribeiro.

“Tivemos algumas operações da Polícia Federal que desvendaram situações de tráfico internacional de entorpecentes. Mas, atualmente o maior volume de ações penais que ingressam em decorrência de entorpecentes decorrem das apreensões da Polícia Rodoviária Federal”, destacou.

As ações tramitam por seis, até sete meses, até uma sentença condenatória ou absolutória. De acordo ainda com Ribeiro, o “quadro é de um aumento do trabalho da PRF, que implica num aumento para o Poder Judiciário”.

Foram apreendidas também 22 armas, 26.213 munições de diversos calibres, equivalente a 75% das apreendidas no estado pela PRF, 7,5 quilos de Haxixe, 74901 pacotes de cigarro, 1.937 unidades de eletrônicos; 21 veículos furtados ou roubados foram recuperados e 10 foragidos recapturados com cumprimento de mandado de prisão. No total 226 pessoas foram presas pela PRF em 2017 na BR 470.

Com um volume expressivo de ações penais tramitando, se “conclui que a Serra Gaúcha tem uma veiculação neste contexto de circulação de drogas. A maior parte das apreensões são em veículos que estão em direção a região metropolitana de Porto Alegre, o que pode ser um contexto da rota”, finalizou o juiz.

Uma das mais recentes decisões, a 1ª Vara Federal condenou por tráfico internacional de drogas dois homens presos em flagrante enquanto transportavam 18 quilos de cocaína. As penas aplicadas ultrapassaram os dez anos de reclusão.

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

 

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