BRDE destina R$ 120 milhões para mulheres empreendedoras

Lançado há um ano pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o programa de crédito especifico para mulheres empreendedoras já destinou perto de R$ 120 milhões em financiamento para empresas de todos os portes e produtoras rurais na região sul do país. Apenas no RS, o programa BRDE Empreendedoras do Sul soma R$ 41,3 milhões disponibilizados neste período para projetos que vão da inovação nos negócios a construções, reformas e ampliação, assim com compra de equipamentos e novas tecnologias. Para marcar novamente o Dia Internacional da Mulher, o banco anuncia alterações no programa, que agora não terá valor máximo por operação.

Na avaliação da diretora de Operações, Leany Lemos, o resultado alcançado no primeiro ano do programa comprova a demanda que existia em termos de maior apoio às mulheres que empreendem e auxiliam no fortalecimento da atividade econômica. “Além representar um caminho para maior inserção social, a iniciativa do banco em incentivar o empreendedorismo das mulheres trouxe impactos positivos nesse momento de retomada em meio à crise da pandemia. Também reafirma nossos compromissos com o desenvolvimento sustentável”, destacou.

Leany foi a proponente do Empreendedoras do Sul quando estava na presidência do banco (a primeira mulher em 60 anos da instituição), proposta aprovada por unanimidade pelos demais diretores. A diretora observa, também, que o programa tem alinhamento direto ao ODS 5, diante da falta de crédito de crédito para empresas e projetos liderados por mulheres estimado em US$ 5 bilhões pela ONU.

Para o diretor de Planejamento do BRDE, Otomar Vivian, tanto o lançamento do programa há um ano, como os ajustes que agora facilitarão o acesso ao crédito, demonstram o esforço interno do banco em estar alinhado com as políticas públicas de cada um dos Estados. “Vivemos ainda um momento de muitos desafios para a economia e, assim como o Empreendedoras do Sul, o BRDE atua em várias frentes para garantir renda e gerar empregos. Somos efetivamente parceiros dos empreendedores e das empreendedoras da região sul nos seus projetos e resultados”, observou Otomar.

O BRDE Empreendedoras do Sul é direcionado para empresas de diferentes portes, incluindo micro e pequenas empresas, que tenham ao menos 40% do seu capital social de sócias mulheres. A oferta de crédito para capital de giro é reservada apenas para pessoas jurídicas e com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões no ano anterior ao pedido. As microempreendedoras individuais (MEI) e pessoas físicas poderão ter o apoio através de parcerias do banco com outras instituições que atuam com programas de microcrédito, como as cooperativas.

Para que o programa BRDE Empreendedoras do Sul chegue ao maior número de interessadas, em especial beneficiando pequenas e médias empresas, uma das alternativas é atuar através de instituições parceiras. É o caso do contrato no valor de R$ 700 mil que o banco celebrou com a ICC Serra, instituição que atua em vários municípios do interior do Rio Grande do Sul. Por meio do Banco do Povo, são liberados empréstimos pela modalidade de microcrédito para empreendedoras de diferentes segmentos.

Do total liberado pelo BRDE, a ICC Serra já celebrou 66 contratações, totalizando R$ 636 mil em empréstimos. A grande maioria do crédito beneficiou empresas lideradas por mulheres do setor do comércio (63%), seguido do segmento de serviços (31%).

Para a gerente da ICC Serra, Jaqueline Pattis, o apoio do BRDE foi fundamental para disponibilizar uma linha de microcrédito na compra de matérias-primas, para a aquisição de equipamentos que viabilizam maior produção ou mesmo abrir um novo negócio. “Assim foi possível fomentar a economia dando uma atenção maior às mulheres empreendedoras”, salienta ela.

Conforme a diretora, o programa permitiu inclusive diversificar as atividades, citando o exemplo de uma empresária que atua há 14 anos na venda de roupas de porta em porta por uma equipe de sacoleiras e que, com o financiamento do BRDE, abriu uma cozinha para tele-entrega, viabilizando uma nova fonte de renda.

 

Fonte: Governo do Estado

(RM)

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