Bento Gonçalves registrou 16 casos de Caxumba de janeiro a outubro deste ano, segundo dados da Vigilância Epidemiológica do município. E no estado do Rio Grande do Sul foram constatados 2.548 casos e cerca de 200 surtos no mesmo período. Esses surtos correspondem a mais de três pessoas que contraíram a doença em um mesmo local.
A Caxumba sempre foi um agravo no município de Bento Gonçalves, segundo José Rosa, um dos responsáveis pela Vigilância Epidemiológica no município. “Tivemos um pouco a mais do que é esperado para o ano todo, de forma que a gente acredita que teve um pequeno surto, mesmo não sendo tão grande como aconteceu em outros municípios, como Porto Alegre e Rio Grande que tiveram centenas de casos”, afirma.
Mesmo sendo uma doença benigna, a Caxumba exige alguns cuidados como repouso, alimentação, hidratação e remédio para febre. “A doença se desenvolve em cinco a sete dias”, explica Rosa.
É necessário o cuidado durante o ciclo da doença, pois tanto em homens como mulheres adultos, a Caxumba pode migrar para os testículos ou ovários, causando uma infecção Otiti ou Buriti, e nos casos mais graves pode causar Meningite Viral. “Em Bento existe um caso, de um rapaz que estava com Otiti e ocasionou uma Caxumba”, conta Rosa.
E devido às inflamações que podem ocorrer, a atenção para os sintomas são importantes, pois geralmente as pessoas reclamam de febre alta, e a glândula salivar que fica na curva da mandíbula, a glândula parótida aumenta de tamanho, ficando bastante inchada, geralmente de um lado só. Esses são os sinais de sintomas mais importantes.
A maioria dos casos notificados do ano passado até o momento é de jovens e adultos jovens, de 19 a 30 anos, tanto em homens, quanto mulheres. As crianças normalmente não são atingidas devido à vacina estar no calendário das Secretarias de Saúde e os pais em geral seguirem a recomendação de levar seus filhos para aplicar as doses. “A Caxumba ela dá uma vez só durante a vida, uma vez que ela teve, ela fica imunizada para o resto da vida”, ressalta Rosa.
Porém em outubro, os casos diminuíram em comparação com os meses de março a julho que foi grande. Em todo ano de 2015, apenas dois casos foram notificados.
Segundo a Secretaria da Saúde todos os postos estão abastecidos com vacina tríplice viral, que imuniza contra Sarampo, Caxumba e Rubéola.
Fonte: Central de jornalismo da Rádio Difusora
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