Dando continuidade à programação do projeto “Laços Patrimoniais: construindo um inventário colaborativo para Bento Gonçalves”, o Museu do Imigrante lança nesta sexta-feira, 21, a quinta oficina online “Arquiteturas”.
A equipe da instituição abordou os direcionamentos da pesquisa arquitetônica para o projeto, tendo sido organizado de acordo com os seguintes tópicos: 1-Etapas para mapeamento; 2 – Observações a partir do mapeamento, 3 – Tipos de arquiteturas em Bento Gonçalves, e 4 – Escolha da ficha para inventário.
O vídeo conta com o depoimento da arquiteta, Margit Arnold, professora do curso de Arquitetura da Universidade de Caxias do Sul, relata a experiência de orientação acadêmica do grupo de estudantes que organizaram suas pesquisas da disciplina de estágio voltada às demandas do projeto. Assim, o mapeamento se refere à forma utilizada para identificação e análise dos diferentes patrimônios históricos materiais do município, ou seja, a base bibliográfica e de mapas municipais já existentes que permitem acesso visual a esses patrimônios.
Com relação às observações a partir do mapeamento, de acordo com as pesquisas da arquiteta, Cristiane Bertoco, nota-se que no inventário existente, a maioria dos bens inventariados corresponde a edificações características da arquitetura da imigração italiana, datadas entre 1880 e 1955, representativas do modo de viver na zona rural, em características vernaculares (POSENATO, 1983) ou ocupações urbanas da sede, de arquitetura eclética historicista (WEIMER, 1987) e moderna, como Art Déco (COSTA et al, 2011).
Entretanto, muito das manifestações de outras etnias ou grupos sociais, como a imigração polonesa no município e as vilas ferroviárias, possuem poucas referências naquele inventário.
Os tipos de arquitetura também são criados a partir das nossas diferentes heranças históricas. Segundo Posenato (1983), a arquitetura da imigração italiana no Rio Grande do Sul possui caráter dinâmico, não sendo possível estabelecer uma cronologia rígida dos seus períodos arquitetônicos.
O autor propõe a seguinte cronologia para as colônias antigas:
1 – construções provisórias: primeira década da imigração;
2 – período primitivo: segunda década da imigração;
3 – período de apogeu: desde cerca de 1890 até em torno de 1930;
4 – período tardio: desde cerca de 1930 até fins da década de 60.
Posenato (1983) ainda aponta a aculturação, ou seja, adaptações, da arquitetura dos imigrantes italianos e seus descendentes, que receberam influência de outros padrões da época, principalmente nas áreas urbanas, assim como manifestações arquitetônicas híbridas, ou com mais de um tipo de influência arquitetônica.
Para a escolha do formato da ficha, que conterá as informações dos bens históricos da cidade, será elaborado um modelo com referências em fichas como a IPHAE e IPHAN. Sendo assim, a ficha do projeto, conterá campos que considerem informações históricos e arquitetônicas desses patrimônios.
O projeto “Laços Patrimoniais: construindo um inventário colaborativo para Bento Gonçalves” recebeu recursos de R$ 50 mil da Secretaria de Estado da Cultura, sendo selecionado no âmbito do Edital SEDAC nº 01/2019 “FAC Educação Patrimonial”.
Siga a página do projeto no Facebook:https://www.facebook.com/La%C3%A7os-Patrimoniais-107751601027534
Email do projeto: laçospatrimoniaisbg@gmail.com
Para mais informações, contate por meio do telefone do Museu do Imigrante: (54) 3451.1773
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Fotos/Arte: Divulgação/Fundação Casa das Artes/Museu do Imigrante
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