Uma greve geral está programada para ocorrer nesta sexta-feira, dia 30, contra as reformas da previdência e trabalhista. Em Bento Gonçalves, um ato deve acontecer no centro da cidade às 14h. Representantes de diferentes setores da sociedade participarão de manifesto também em Porto Alegre com opinião desfavorável a estas que são consideradas maneiras de tirar o direito dos trabalhadores.
A reforma trabalhista, agora, irá a plenário depois de ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A manifestação do povo é avaliada como a única maneira de conseguir barrar essas medidas, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (Sindiserp). Conforme a presidente da entidade, Isaura Bolesina, há muitas pessoas que não têm a informação do prejuízo que essas medidas podem causar aos trabalhadores.
“Não serão só os trabalhadores de hoje, mas os estudantes de hoje que estarão no mercado de trabalho também terão esse prejuízo. Então, a população precisa estar conosco lá no centro junto com os outros sindicatos protestando contra isso, colocando sua palavra, se manifestando e estando presente e isso tem muito peso”, afirma. O Sindiserp também possui um pleito local que está voltado à busca do reajuste do vale-alimentação. Conforme ela, faz quase cinco anos que o aumento está em 3%.
Além dos servidores públicos, profissionais da área da educação também deverão estar mobilizados tanto no centro de Bento Gonçalves quanto na capital gaúcha, conforme a diretora do Cpers/Sindicato, Juçara Borges. Ela reforça que o chamamento se estende aos trabalhadores da iniciativa pública e também da privada. As reformas são avaliadas pela entidade como uma maneira de escravização. “Os trabalhadores vão morrer e não vão conseguir se aposentar. Na realidade, o que o governo quer é que os trabalhadores trabalhem até morrer”, afirma.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom) estará, mais uma vez, participando do manifesto no centro da cidade nesta sexta. O presidente Itajiba Soares Lopes ressalta que o objetivo não é o acréscimo de emendas à proposta, mas sim que ele seja barrada. “Esse governo, esse senado, nem a Câmara dos Deputados tem moral hoje para querer implantar qualquer reforma nesse país”, acredita. A expectativa é que o projeto fosse votado ainda nesta quinta-feira, dia 29. Caso não houver quórum, é aguardada a discussão na próxima semana.
Foto: Panfleto Cpers
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