Registro de vinícolas coloniais possibilita comercialização em feira em Garibaldi

Um novo produto divide espaço com os biscoitos, geleias e sucos das agroindústrias familiares comercializados na Expoclara, em Garibaldi: é o vinho colonial. Regularizada desde o início deste ano, a Piccola Cantina, de Bento Gonçalves, participa pela primeira vez de uma feira.

O vinho colonial é uma tradição das famílias de Diva Marcolin Flâmia e Auri Flâmia, que sempre fizeram o produto para o consumo da família e venda do excedente. “Foi crescendo a vontade de trabalhar com esse produto, já que a matéria-prima é nossa, de agregar valor, e surgiu essa oportunidade do projeto, eu acho que a gente aproveitou na hora certa”, conta Diva. Ela relata que está sendo uma experiência muito boa participar da feira, superando as expectativas de venda e tendo uma boa aceitação do produto. “Estamos dando degustação, todo mundo está elogiando o nosso produto, o que nos deixa muito felizes”, comenta.

Para o casal, essa é a primeira de muitas feiras que virão pela frente, como a ExpoBento, que já está na agenda. “Eu acho que o caminho é esse, a divulgação é muito boa pra gente. Agora que estamos vendo que realmente valeu a pena passar por tudo que a gente passou para regularizar a agroindústria, porque é tudo de bom”, conta satisfeita.

No espaço da Emater/RS-Ascar, o Campo Tecnológico Sustentável, os produtores interessados em legalizar a produção da bebida, podem se informar sobre a legislação vigente para registro das vinícolas coloniais, bem como as normas de construção e todas as etapas necessárias para atender as exigências sanitárias, ambientais e fiscais que constam no Guia para Formalização das Vinícolas Coloniais.

O RS concentra a maior parte dos produtores de vinho colonial no Brasil. O registro permite a venda em feiras, cooperativas ou na propriedade utilizando apenas o talão do produtor rural para emissão das notas, sem a necessidade de abrir uma empresa. Os produtores interessados precisam estar enquadrados como agricultores familiares, com comprovação por meio da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), estar incluídos no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf) e produzir até 20 mil litros por ano, com uvas próprias.

“A gente tem que caminhar dentro das normas, dentro da lei, mas tudo isso vale a pena. Pode parecer no começo que é difícil, que é muita exigência, mas tudo que eles pedem é para a melhoria da qualidade do nosso produto, pois a gente está trabalhando com alimentos, então eu acho muito bom. Pra quem quer entrar, eu digo que sigam os passos certos que vale a pena”, motiva Diva.

A Expoclara encerra neste domingo (06/05), no Parque da Fenachamp, em Garibaldi.

 

Fonte: Emater-RS

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