Dez mil agricultores participaram de manifestações no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 16, em Santa Maria, Pelotas, Caxias do Sul, Ijuí e Passo Fundo, para dizer não à reforma da Previdência Social, que quer ampliar e unificar para 65 anos a idade de aposentadoria no Brasil. Hoje, tanto para rurais como urbanos, ela é de 55 anos de idade para a mulher e 60 anos para o homem.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, com área de extensão em Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza, lotou um ônibus e compareceu em Caxias do Sul, nas manifestações, somando-se a regional Serra da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul), liderado pela presidente Inês Fagherazzi Bianchetti. “Queremos a conscientização que o nosso agricultor não pode perder os seus direitos, querem acabar com a questão da aposentadoria”, comentou.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, que esteve na abertura das manifestações em Santa Maria e no encerramento em Ijuí, avaliou os cinco atos como extremamente positivos, já que aumentou a consciência do agricultor quanto aos seus direitos e que eles necessitam ir para a rua e lutar. Além disso, conscientizar a população urbana da importância da agricultura familiar. “A cidade sem agricultor não sobrevive e o campo sem as cidades para comprar os alimentos também não. Todos dependemos uns dos outros”, justificou.
As lideranças da Fetag entregaram nas cinco Gerências Executivas do INSS (Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Ijuí e Pelotas) um documento que contém a importância da agricultura familiar e de sua aposentadoria para a manutenção das famílias no meio rural. E em agências da CEF foi solicitada a retomada dos programas habitacionais.
A Contag (Confederação dos Trabalhadores na Agricultura) puxou a manifestação nacional, que atingiu 100 mil pessoas em todo o Brasil, inclusive no Distrito Federal, onde 40 lideranças da delegação gaúcha, participaram da 2ª Plenária Nacional da Terceira Idade, ocupando o Ministério da Previdência Social. As mobilizações ainda bateram contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a paralisia do Programa de Habitação Rural.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
Fotos: Fetag
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