Projeto de instalação do campus da UFRGS na Serra “involuiu”, diz vice-reitora

A instalação do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra Gaúcha está cada vez mais longe. Enquanto o Governo Federal anunciava revisão da política de expansão das Universidades em 2017, com cortes de orçamento para as instituições, o ano de 2018 não começa com grandes perspectivas.

Em visita a Bento Gonçalves nesta terça-feira, 9, no terceiro dia de realização do Vestibular, a vice-reitora Jane Tutikian não mostrou otimismo quanto ao projeto.

“Houve um retrocesso em relação a pesquisa, a inovação. Involuiu. O ano de 2017 foi extremamente difícil para todas as Universidade Federais”, contou.

Ela destacou que em meio as dificuldades, até o pagamento da luz teve de ser negociado pela instituição. Houve cortes de capital nunca antes vivenciado, de até 50%.

“Em 2018 não haverá verba para construção, para equipar laboratórios. Fica difícil de pensar em expansão para a Serra em curto prazo. To pensando nos próximos quatro anos, acho que não conseguiremos”, afirmou.

Em fevereiro de 2015 em Assembleia na cidade de Nova Pádua, os prefeitos da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) decidiram em maioria absoluta o local para instalação do campus Serra da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Trata-se de uma área no Vale dos Vinhedos, entre os bairros Borghetto e Garibaldina, entre Bento Gonçalves e Garibaldi, pertencente a Embrapa Uva e Vinho.

O projeto ficaria mais distante a partir da falta de recurso, mas em caso de retomada, a vice-reitora não garante a área escolhida pelos prefeitos.

“Não se começaria do zero. Mas haveria discussão sobre o local, uma análise mais aprofundada, inclusive por parte da Universidade. A gente precisa dialogar e avançar nestas discussões. Sem um lastro econômico, não tem como”, finalizou.

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

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