Redução de atendimento foi a decisão mais difícil, mas hoje temos até reserva financeira
Em dezembro de 2016, Bento Gonçalves passava por um momento conturbado na área da saúde. Pelo menos 70% dos médicos terceirizados estavam em greve, com consultas e atendimentos interrompidos nos Postos de Saúde, exceto casos de urgência e emergência.
Três meses depois, em março de 2017, o secretário recém chegado Diogo Segabinazzi Siqueira, anunciava uma reestruturação, com remanejamento de cargos, chamamento de concursados e redução de carga horária em certas Unidades de Saúde. O objetivo seria encerrar o ano com saldo positivo e sem crise.
Conforme o secretário, neste janeiro de 2018 a saúde do município vive um momento de tranquilidade muito maior do que vivia um ano atrás. Entretanto, são três meses de atraso de repasses do Governo do Estado para a saúde de Bento.
“Tínhamos dificuldade desde o fornecimento de medicamentos. Hoje começamos o ano com as farmácias completas, com atendimento no interior do município. Com a Upa funcionando, Raio X novo, com médicos e confiança no trabalho. A tranquilidade é maior na parte financeira, conseguimos pagar todas as contas que tínhamos”, comemora.
O secretário destacou ainda que a redução de atendimento foi a decisão mais difícil de tomar em 2017. “Tínhamos que manter as contas em dia. A gente não sabia o quando iria arrecadar até o final do ano, mas hoje temos até uma reserva financeira para trabalhar o ano”, acrescentou.
Siqueira afirmou ainda que será aumentada a carga horária de atendimento em 2018. Será readequado no interior, além da estruturação de uma equipe da Saúde da Família em bairros como Santa Helena e Maria Goretti. “Queremos sim é qualificar os bairros. É termos uma farmácia completa, como temos hoje no Licorsul”, afirmou o secretário.
A substituição de terceirizados por concursados – a Secretaria de Saúde tem atualmente 800 funcionários – é outro ponto que prosseguirá. Pelo menos 150 foram trocados durante 2017. “A gente começou a colocar estas pessoas em áreas específicas. Em um primeiro momento na Atenção Básica. É quem atende a mesma população o ano inteiro. Nestas equipes é interessante termos integrantes estáveis, que conheçam a família, isto vai dar credibilidade do sistema e quem ganha com isto é o cidadão”.
Sobre a possibilidade de terceirização do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), anunciada pelo prefeito Guilherme Pasin em 2017, o secretário informou que o processo foi questionado na justiça. O processo ainda está em situação de embargos e o Município aguarda decisão favorável para dar prosseguimento.
Diogo ainda destacou prioridades como o laboratório de patologias e a implantação do bloco cirúrgico, como foco de ampliação da UPA para 2018.
“O que vejo é que precisaremos ter este Hospital. Não é um luxo ou questão de que apenas queremos fazer. A região precisa. A população de Bento cresce em torno de 1500 habitantes por ano e se prevermos que em 20 anos teremos 30 mil habitantes a mais, e cada vez mais teremos que ter uma estrutura hospitalar de acordo com a nossa população”, finalizou.
Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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