Novo presidente do PT no Estado reforça a contrariedade à renegociação da dívida com a União

O Partido dos Trabalhadores (PT), no Rio Grande do Sul, é contra as medidas impostas para a renegociação da dívida do estado com a União. As propostas apresentadas são consideradas como agravantes das finanças públicas. Isso em função da necessidade de vendas de empresas públicas lucrativas e da não redução no valor da dívida.

É o que afirma o novo presidente da sigla no estado e deputado federal, Pepe Vargas. “Pelo contrário, vai aumentar a dívida pública, apenas dá alguma forma por alguns anos de não pagar a parcela dessa dívida. Quando retomar o pagamento vai ficar uma dívida ainda maior”, afirma. Para resolver o problema, Pepe compreende que o caminho é o desenvolvimento econômico do estado, com a criação de políticas que estimulem os setores produtivos que estão instalados.

O presidente da sigla destaca como desafio a construção, junto com forças democráticas e populares, de um programa de governo para o estado, que dê conta da crise que o estado vivencia. Além disso, ele cita como alternativa o investimento em inovação tecnológica.   Para ele, é preciso rever o mecanismo de incentivos fiscais que fazem com que o Rio Grande do Sul perca em torno de R$ 8 bilhões ao ano, que fariam falta para o investimento em outras áreas.

“Nós entendemos que uma política de desenvolvimento econômico aliado a uma revisão dos incentivos fiscais que são praticados é um caminho mais seguro para conseguirmos dar conta da crise das finanças públicas”, ressalta.

Além disso, outra contrariedade da sigla no estado é o que se refere às reformas trabalhista e da previdência. O trabalho para evitar essas, que são consideradas retiradas de direitos dos trabalhadores, é a prioridade desta nova gestão que tomou posse durante o final de semana.

Para Pepe, essas propostas fragilizam o trabalho em relação ao capital nas negociações trabalhistas. “Essa é a nossa grande prioridade como mobilização contra a reforma da previdência que igualmente traz prejuízos aos trabalhadores”, comenta.

Foto: Arquivo da Agência Brasil

 

error: Conteúdo Protegido