Vendas de natal deste ano podem ser menores que 2015

O natal é uma das principais datas comemorativas para o comércio, pois movimenta bastante as vendas, conforme pesquisa da Fecomércio do Rio Grande do Sul. Além do lado emocional das pessoas gerado pela época do ano, o décimo terceiro também é um recurso que injetado na economia ajuda o setor, já que ao longo do ano os resultados de outras datas comemorativas não tenham sido elevados no Estado. Em Bento Gonçalves a expectativa pela data e pelas vendas em 2016 não é das maiores para os comerciantes, mesmo que representantes do setor lojista estejam confiantes.

Alguns fatores que causam um reflexo grande nas vendas são a inflação alta, a recessão, o desemprego e a queda da renda dos trabalhadores explica Daniel Amadio, presidente do Sindicato do Comércio Varejista do município. “Dentro do que já vêm acontecendo em 2016, todas as datas comemorativas como dia das mães, dia dos namorados e dia das crianças projetaram e confirmaram depois do passado período, o natal não será diferente as vendas serão menores do que 2015”, ressalta.

Mas não é apenas nas vendas que a crise econômica reflete, em termos de empregos, com a retração do consumidor, automaticamente os empresários ficam receosos na hora de contratar funcionários temporários para o natal. “O número de contratações também vai diminuir, conforme as pesquisas do Sindilojas, ele vai optar por não realizar um número elevado de contratações”, expõe Amadio.

Mas Marcos Carbone, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves, diz que mesmo com a desmotivação dos empresários, é preciso enxergar que o setor não está ruim. “Gosto de dizer que são nos momentos de escassez que a gente faz a reinvenção dos nossos negócios, então são através de qualificações que o empresário vai aplicar dentro do seu segmento, da sua loja para reverter nas vendas”, afirma.

Porém em termos de estado é possível fazer um parâmetro de consumo, somado ao lado emocional que a data desperta nas pessoas. Vitor Augusto Koch presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, explica que a data envolve as famílias e que a expectativa é grande. “O segundo semestre historicamente é melhor porque o dinheiro circulante é em maior número, tem décimo terceiro, adiantamentos, ainda tem empresas que mesmo em menor escala ainda faz a divisão dos lucros. Então, dificilmente alguém vai deixar de dar um presente para algum parente, claro, que pode diminuir o ticket médio um pouco, mas vai ser um momento muito bom do varejo e as vendas vão acontecer”, ressalta.

O presidente da FCDL ainda ressalta que diante da negativa que todo o país está enfrentando com a economia, pode sim o estado terminar 2016 com números negativos no comércio. Porém nos próximos anos dados apontam um crescimento da economia e consequentemente do comércio.

 

Fonte: Central de jornalismo da rádio Difusora

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