Excesso de chuvas em curto intervalo de tempo colaborou para cheia na Bacia Taquari-Antas

Dois eventos com excesso de chuvas num curto espaço de tempo é a principal razão atribuída às enchentes que atingiram a Bacia Taquari-Antas. A informação é da Sala de Situação da SEMA-RS (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) que atua no monitoramento e previsão das condições hidrometeorológicas do Estado.

Com índices que 128,8 milímetros de chuva somente entre a terça-feira, 7, e quarta, 8, as precipitações mais intensas do dia 30 de junho, um total de 133,6 milímetros, já chega a 262 milímetros.

Nos últimos dez dias passam de 340 milímetros se levar em conta quantidades menores de chuva que também foram registradas no período. Para o mês de julho o normal projetado seria de 188 mm.

**Os dados são da Estação de Agrometeorologia da Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves (veja tabela abaixo).

Em entrevista para Rádio Difusora, Lucas Giacomelli, hidrólogo da Sala de Situação, comentou que ainda existem outros fatores como “o aumento da umidade do solo somados ao pico das cheias. O que choveu virou escoamento”, disse.

Questionado se ainda podem romper barreiras de proteção na Bacia, como reservatórios existentes ou sistemas que serviriam até como contenção, relata que existe um monitoramento e qualquer adversidade do tipo seria constatada.

“Geralmente estes empreendimentos são projetados para suportar este tipo de cheias e se tivesse alguma alteração conseguiríamos detectar”, acrescenta.

A estimativa é que o Rio Taquari tenha subido pelo menos 26 metros acima de seu nível normal. Somente cinco cheias teriam ultrapassado esta cota.

A Sala de Situação da SEMA-RS prossegue com o monitoramento junto a previsão do tempo e avaliações dos eventuais novos impactos com mudanças climáticas, alinhada a Defesa Civil do RS.

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

Foto: Arquivo Rádio Difusora / Unidade Móvel