A Região Uva e Vinho da Serra Gaúcha foi diretamente impactada com a pandemia do coronavírus (Covid-19). Foram cancelamentos de eventos, passeios, feiras, atividades que constavam nos calendários dos municípios e que proporcionariam fluxo de visitantes, entre outras consequências. Houve hotéis que chegaram a dar férias para funcionários por um período de 30 dias, restaurantes e vinícolas que suspenderam atendimentos presenciais seguindo orientações de órgãos de saúde e uma conclusão, um grande desafio pela frente.
A Rádio Difusora conversou com a presidente da Atuaserra (Associação de Turismo da Serra Nordeste), que tem escritório de atuação em Bento Gonçalves e responde por mais de 20 municípios da região. Sabrina Spiandorello Cardoso reconheceu o momento de incerteza, mas de preparação para uma retomada.
“Os impactos são enormes para toda a cadeia produtiva. Nunca se viu algo desta forma e o turismo foi um dos primeiros segmentos a começar a sofrer problemas porque não parou somente na semana, como também ocorreram cancelamentos”, disse.
Em contrapartida é uma etapa de análise dos negócios e planejamento salienta ainda a presidente. “Este é o momento de pensar nos próximos meses, no que teremos pela frente, de ver como está o seu empreendimento e o que pode ser feito”, comentou ainda.
O sentimento da ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagens -, conforme confidenciou a presidente Magda Nassar em participação no programa Enoturismo no Rádio, é também compartilhado pela presidente Sabrina, ou seja, a união dos empreendedores para a volta com força total.
“O turismo não é uma economia isolada. Temos que pensar no momento em que acontecer a retomada das atividades, o que nós podemos fazer. Conversar com os clientes, se aproximar, criar facilidades para o turista, quem saber até ofertar financiamento de suas atividades, parcelamentos, enfim”, afirma ainda Sabrina.
O desejo das pessoas pelo lazer e por viagens é outra aposta grande pós-pandemia. No entendimento da presidente da Atuaserra é necessário que o seguimento reforce “campanhas regionais, com esforços de comunicação de buscar primeiro o pessoal do Rio Grande do Sul, dos nossos municípios, de trabalhar inicialmente com quem está mais próximo”, completa.
Cita por exemplo tradicionais atrações como o veraneio na Serra, atividades voltadas a saúde e lazer, como a questão da longevidade, entre outras, o próprio enoturismo, que pode ser uma chamada para aquelas pessoas que continuarão buscando experiências assim que retomar a atividade econômica.
A Atuaserra (Associação de Turismo da Serra Nordeste) completa 35 anos de atuação em 2020, referência em governança regional com aperfeiçoamento de métodos de trabalho, além de estimular o intercâmbio com demais órgãos do setor, parcerias público-privadas, visando a sustentabilidade das comunidades com o desenvolvimento turístico.
Turismo brasileiro perde 2,2 bilhões em 15 dias de pandemia do novo coronavírus
De acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), somente na primeira quinzena de março, o volume de receitas do setor encolheu 16,7% em relação ao mesmo período do ano passado – uma perda equivalente a R$ 2,2 bilhões.
O estudo da CNC cruzou informações do Índice de Atividade do Turismo do IBGE com dados relativos ao fluxo de passageiros em voos domésticos e internacionais, levando-se em conta ainda a elasticidade entre a demanda por voos nos países mais infectados pela doença e o número de casos registrados de COVID-19.
O setor de Turismo vinha liderando o processo de recuperação econômica desde o início da recessão no início de 2015.
Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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