Sem consenso, novamente preço mínimo da uva para próxima safra será definido pelo governo

Representantes do setor vitivinícola participaram da uma agenda em Brasília, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no começo desta semana, onde houve apresentações de propostas para a definição do preço mínimo da uva safra 2018/2019. O setor que representa os produtores de uva demonstraram o custo de produção (R$ 1,053), o da indústria sugeriu a manutenção dos atuais R$ 0,92 para o quilo da variedade isabel com 15 graus, enquanto a representação das Cooperativas Vinícolas propôs ajustar conforme o índice da inflação. Sem consenso, como já ocorreu diversas oportunidades, caberá a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) definir o valor e fixar junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para posterior publicação no Diário Oficial da União (DOU). O prazo é 30 de novembro.

O diretor de Relações Institucionais do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Paviani, um dos integrantes do encontro, salientou que na falta de consenso “se encaminhou para que o Governo decida. Não sabemos se vai haver reajuste ou não, mas houve a garantia que menor do que está não fica”, disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento, Cedenir Postal, salientou que foi uma momento para “defender a nossa posição levando o nosso levantamento do custo de produção. As empresas jogaram lá embaixo o custo de produção e ainda pudemos relatar o que está acontecendo, com produtores que ainda não receberam o valor da última safra”, afirmou.

Wilson Vaz Araújo, secretário de Política Agrícola do Mapa, em entrevista exclusiva para a Rádio Difusora, afirmou que “vamos trabalhar para que seja a mais do que este preço (R$ 0,92). Pelo menos considerando a variação de custos e comportamento de preços de mercado”, salientou.

Foi defendido ainda pelo setor uma política específica de comercialização com garantias de preços para o produtor, com base na inadimplência de algumas indústrias com seus fornecedores de uva, para evitar até mesmo o parcelamento de pagamentos junto ao viticultor; uma proposta de controle de estoques e; a preocupação com o prejuízo ocasionado depois do temporal do dia 31 de outubro, onde estimam-se perdas de 25% na safra na região vitivinícola da Serra.

O encontro teve a presença do diretor de Relações Institucionais do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Paviani, do diretor da Fecovinho (Federação das Cooperativas Vinícolas do RS), Hélio Marchioro, do Sindivinho  (Sindicato das Indústrias do Vinho do RS), o executivo Gilberto Pedrucci, o assessor da Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura) e Associação Brasileira das Indústrias de Suco de Uva – Asbrasuco, Mário Sérgio Cardoso, bem como o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves (STRBG), Cedenir Postal e o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Márcio Ferrari, com Wilson Vaz Araújo, secretário de Política Agrícola do Mapa.

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora / Felipe Machado

 

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