Zack Magiezi nasceu em São Paulo, tendo passado boa parte da vida entre Belo Horizonte e Salvador, mas atualmente está de volta às raízes paulistanas. Estudou história, teologia e letras e foi na escrita que encontrou seu verdadeiro espaço. Considerado um dos maiores fenômenos do movimento da poesia na internet, Zack leva, através de suas redes sociais, versos para mais de um milhão e cinquenta mil seguidores, no instragram, e no facebook, tem 580 mil.
A poesia entrou em sua vida, primeiro, como leitor. Na escola, a professora falou sobre o poeta português Fernando Pessoa e seus muitos eus, como Alberto Caieiro, Álvaro de Campo, Ricardo Reis e Bernardo Soares. Depois, conheceu o mato-grossense Manoel de Barros, poeta que evoca em sua obra assuntos como o quintal de casa, a infância, as coisas da terra, a investigação do pequeno mundo.
A passagem para a vida de poeta foi um processo natural. “Quando precisei me expressar com os sentimentos, minhas dúvidas, meus medos, foi muito natural, sendo uma consequência de eu ser, antes, um leitor”, ressalta Zack.
Nessa seara, o poeta debruça o seu olhar para sentimentos universais como o amor, a solidão, o desejo e a tristeza. Mas também, Zack, também estende este olhar para a fotografia, realizando um diálogo entre dois universos artísticos que revelam muito da vida cotidiana. “Gosto muito de fotografar. Capto momentos na rua e transformar em instantes poéticos, buscar o ordinário, o banal. É o que mais me motiva”.
Seus versos preenchem espaços como o mundo físico e o virtual, promovendo dois modos distintos de se conectar com as pessoas, onde um não exclui o outro. Pelo contrário. São irmãos em busca do encontro na escrita de Zack, sempre preocupado com o tempo do leitor. O poeta salienta que “o leitor das redes sociais tem um tempo diferente e a poesia precisa ser mais direta, assertiva, com menos camadas. É quase um gênero com características próprias. O que faço nas redes sociais é um convite para as pessoas buscarem o livro”.
E o retorno do público vem na mesma velocidade que a postagem.“O contato numa rede social é instantâneo. Existem reações, pessoas marcando, salvando aquele texto, comentando, questionando, concordando, discordando, mandam mensagens. Fico muito feliz porque o texto acaba se incorporando à rotina das pessoas e acontece um fenômeno muito legal: ‘Esse cara nem me conhece e fala coisas que está na minha alma’. Existe uma ponte íntima com alguém desconhecido”.
Na primeira vez como patrono de uma Feira do Livro, Zack considera um marco muito importante em sua carreira e já esteve em Bento Gonçalves uma vez.
“É um reconhecimento do meu trabalho. A gente escreve no ambiente da solidão e sabendo que as pessoas estão nos lendo, nos prestigiando, é muito bom. Estive em Bento uma vez, passei em duas vinícolas. Foi um passeio de um dia e agora vou desfrutar da cidade como patrono e visitante”.
Zack Magiezi tem seis livros publicados, entre eles “Estranherismo”, “Notas sobre ela”, “Para o amor que vai chegar”, editados pela Bertrand Brasil e é coautor com Bruno Fontes em “O amor vem depois”, da Editora Planeta.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura
Card/Foto: Divulgação/Biblioteca Pública Castro Alves
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