O crediário tem sido uma alternativa mais econômica para o consumidor e também para o empresário na hora de efetuar uma venda, levando em consideração o número elevado de inadimplentes no ano de 2016. Essa opção está apresentando resultados positivos no comércio. A pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito do Rio Grande do Sul (SPC) apontou um crescimento de 17% no uso do crediário no comércio gaúcho.
Um dos motivos pelo qual o lojista tem optado por essa forma de pagamento, mesmo aqueles que migraram para o uso do cartão de crédito em anos anteriores, são os juros excessivo dos cartões de crédito, em relação às taxas cobradas para a administradora para manter a máquina no estabelecimento, além das cobranças para efetuar a compra tanto a prazo, como a vista. E no caso do consumidor os juros dos cartões de crédito subiram para 500% ao ano, em setembro.
Mas a opção pelo crediário, não diminui a preocupação do empresário em relação a inadimplência, que continua sendo uma das grandes preocupações no setor. Devido à crise econômica que afeta todo o Rio Grande do Sul esse número aumentou consideravelmente, conforme apontou uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em novembro. Os dados mostram que o número de endividados ficou em 57,3%. Já Bento Gonçalves apontou um aumento de 14% nas dívidas dos consumidores.
Para Marcos Carbone presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves, mesmo que muitas empresas tenham migrado para o cartão de crédito, no município o crediário ainda é bastante usado. “O nosso consumidor e lojista adota o crediário, mas ele usa as ferramentas disponíveis para ter garantia de pagamento”, explica.
As formas de segurança na hora de vender nessa forma são as análises de crédito. O associado da CDL tem disponível um grande banco de dados, uma plataforma online de consulta para CPF e recuperação do crédito rápido. “O lojista tem que registrar o seu inadimplente na base, sendo assim quando o consumidor for tomar um outro crédito, ele tem que limpar o nome no SPC, e por isso ele tem que quitar a dívida com o lojista. Por isso é importante a análise do crédito bem feita”, ressalta.
Já com base na análise de crédito do Boa Vista SCPC, o indicador de recuperação de crédito mostrou uma quantidade baixa de consumidores que deixaram a lista de inadimplência, sendo 2,2% apenas em novembro. Em 2015, os dados apontavam para 9,5%. Já no RS o indicador avançou para 11,3%.
O Sindilojas de Bento Gonçalves segue o Boa Vista para análise, e segundo o presidente da entidade Daniel Amadio, os dados mostram que no segundo semestre deste ano, foi quando os índices se elevaram. “O índice geral sempre esteve na casa de 10% a 14% de inadimplência e o comércio local cai para 7% a 9%”, relata.
Os principais motivos pelos quais o consumidor tem ficado inadimplente são a perda renda e o desemprego. Amadio ainda avalia que o 13º salário pode ser uma injeção para que a lista de devedores diminua. “Muitas vezes a inadimplência ocorre com pessoas que querem recuperar o seu crédito, para retomar sua vida normal”, conta.
O setor econômico da Fecomércio realizou uma pesquisa com a intenção de compra com o benefício de final de ano, para o Natal, e 61% dos gaúchos pretendem usar o 13º salário para quitar suas dívidas do mês, 37% irão poupar, pensando no futuro e apenas 35% tem a intenção de comprar presentes na data.
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