As vendas do comércio varejista gaúcho voltaram a registrar, pelo terceiro mês consecutivo, crescimento. A avaliação inclui os segmentos de veículos e material de construção. A alta foi de 6,36% na comparação com igual período de 2016, uma expansão acima do esperado que pode ser explicada por fatores como o uso de dinheiro novo no mercado, graças aos saques das contas inativas do FGTS, que começaram justamente em março.
– Esperávamos por uma reação nas vendas, mas não com tamanha intensidade. Para o varejo, é um aspecto positivo No caso das vendas restritas, o indicador ficou em patamar semelhante ao registrado em março de 2016. Isto mostra a forte influência da venda de veículos e material de construção no resultado consolidado do comércio varejista gaúcho – afirmou o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
As altas mais expressivas nas vendas foram registradas nos ramos de artigos do vestuário e calçados , com +18,08% na comparação com março de 2016; móveis e eletrodomésticos (+ 15,35%); veículos, com + 14,6% e material de construção, com + 8,8%. Pelo lado oposto, as quedas de vendas ficaram concentradas nos supermercados (- 10,48%) e farmácias (-3,71%).
Na avaliação da FCDL-RS, mesmo com o resultado das vendas de março, o consumo gaúcho se encontra em um patamar de consumo 9,40% inferior ao que existia há meia década. Este é um indicador preocupante, que revela a gravidade da crise econômica imposta pelas políticas públicas equivocadas.
Para a entidade que representa o comércio gaúcho, a expectativa dos próximos meses é de continuidade da melhoria das vendas. Porém, o caminho da efetiva recuperação é longo e tem a necessidade de ser consistente a partir de medidas efetivas de redução do peso do Estado sobre a economia, de forma a gerar mais excedentes para a produção e o consumo privado.
Fonte: FCDL-RS
Foto: Arquivo Rádio Difusora
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