Com apenas 33 anos e cooperado desde os 18, Giovani Giovanaz exemplifica, no Dia do Colono, o reconhecimento do ofício
Se numa cooperativa o mais importante são as pessoas, numa cooperativa agrícola esse papel está simbolizado na figura do produtor rural. Na Cooperativa Vinícola Garibaldi, são mais de 470 deles, como o agricultor Giovani Giovanaz, 33 anos, que comemora o Dia do Colono neste 25 de julho.
Cooperado desde os 18, ele representa não apenas a essência do negócio, mas também a crença de quem cuida da terra para prover, além do sustento da família, a certeza de plantar o amanhã. “Do jeito que está, eu não saio daqui”, avisa o produtor, que cultiva 4,6 hectares de vinhedos em Marcorama, no interior de Garibaldi. É um ofício que ele aprendeu com a família, desde criança, quando acompanhava os pais e o avô na lida. “Sempre ajudava em alguma coisa”, lembra. Desse contato, houve mais do que transmissão de conhecimento. “Meu pai me passou amor pela terra”, diz ele, produtor de uma variedade de uvas que inclui Isabel, Moscato Embrapa, Trebbiano, entre outras.
Esses ensinamentos foram essenciais para ele cultivar, com a terra, uma relação respeitosa. Aprendeu que, cuidando dela, será retribuído sempre. Para isso, além de técnicas agrícolas, é preciso algo a mais. “Você pode ter tudo, máquinas, equipamentos, mas se não fizer o trabalho com amor, não adianta”, comenta. Sem dúvidas, essa paixão pela atividade no campo ajuda a explicar seu desejo para assim permanecer no futuro. “Tenho orgulho em ser colono. É muito bom trabalhar no que é teu, produzindo para o que é teu. Continuando como hoje, dificilmente vou sair da terra”, aposta.
Giovani representa a quarta geração da família associada à cooperativa. Reconhece, portanto, como ela é parceira para tornar a atividade mais prazerosa e lucrativa, fortalecendo os vínculos do produtor com a terra e sua vontade em permanecer na propriedade rural. “Além de garantir a compra do produto e de dividir seu lucro, a cooperativa sempre nos apoia no que precisamos. Oferece cursos, como o de gestão da propriedade, assistência técnica no campo e oportunidades de conhecer outras produções fora do país. Ela está sempre dando apoio para aprendermos coisas novas”, opina Giovanaz.
O agricultor foi um dos cooperados participantes da comitiva que, em junho, esteve na Itália conhecendo regiões produtoras de espumantes e o sistema organizacional de cooperativas locais, numa viagem promovida pela Cooperativa Vinícola Garibaldi. Esse conjunto de iniciativas, para ele, tem ajudado não apenas o desenvolvimento dos agricultores no campo, mas também a valorizá-los. “A cooperativa representa muito para mim, sempre que preciso, ela está pronta para ajudar. Isso ajuda a valorizar o nosso trabalho, vale muito a pena ser agricultor, porque o nosso produto e o nosso trabalho são valorizados”, destaca.
Giovanaz não sabe ainda se os filhos, Luan, de oito anos, e Davi, de três, seguirão os caminhos do pai para se tornarem a quinta geração de cooperados. “A escolha sempre será deles, mas se ficarem aqui, melhor”, diz. Mas, pelo gosto do primogênito, essa chance será grande. “Um dia saímos para ir ao Vale dos Vinhedos e o Luan viu um parreiral em espaldeira. Ele me disse: ‘planta um assim para mim, que daí eu alcanço’. Eu disse: ‘e tu vai me ajudar quando ficar maior?’ Por ora, ele disse que ‘sim’”, diverte-se o pai.
Foto: Acervo pessoal
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