Primeira região com indicação geográfica e denominação de origem para vinhos e espumantes no Brasil foi case na ProWine
Projeto pioneiro no Brasil, que completou três décadas neste ano, o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, foi apresentado como exemplo exitoso de destino enoturístico, inclusive em comparação com regiões tradicionais do enoturismo na Europa que não alcançam a mesma média de visitação.
Parte dos resultados está conectada ao entendimento de que o enoturismo só existe se houver preservação do patrimônio cultural, dos hábitos e dos costumes, além de ser sustentável, conforme apresentou a Diretora de Enoturismo da Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos, entidade gestora da rota), Deborah Villas-Bôas Dadalt. “O enoturismo é fator de dinamização econômica e social por meio da preservação do patrimônio cultural e ambiental, por priorizar a sustentabilidade e a ética, estendendo as regras para toda a cadeia de produção”, afirmou durante palestra na ProWine 2025, realizada em São Paulo, de 30 de setembro a 2 de outubro. Deborah também é CEO do Spa do Vinho Sublime Winescapes e diretora da Ales Victoria Vinícola, estabelecimentos localizados no Vale dos Vinhedos.
Para que os benefícios ocorram efetivamente é preciso criar um cluster virtuoso do enoturismo, envolvendo toda região, tendo por base um grande negócio, que ao longo dos anos agregará novas pequenas e médias operações, não apenas vinícolas, mas uma cadeia de serviços complementares ao vinho, como gastronomia, hospedagem, experiências, agências de viagens e demais atividades, que ofereçam qualidade aos visitantes. “É preciso qualificar o território de forma econômica e social, ofertando bons produtos ao mercado”, reforçou. Deborah destacou, ainda, a necessidade de evitar os exemplos de destinos, entre eles alguns casos litorâneos que não planejaram seu desenvolvimento e sucumbiram ao turismo massificado e à especulação imobiliária, perdendo sua essência cultural e paisagística
A Aprovale nasceu com seis empresas e atualmente são 90 associadas, das quais cerca de 30 são vinícolas e, destas, 14 já têm produtos com selo de Denominação de Origem. Em 30 anos foram colocadas no mercado mais de 5 milhões de garrafas com o selo. Os demais negócios são restaurantes, hotéis e varejos ligados aos produtos regionais. “É necessário preservar e viver memórias autênticas”, ressaltou a diretora em sua fala.
A Diretora frisou que, além da construção deste cluster, é preciso que o conjunto de empresas se preocupe com administração responsável, produção sustentável, experiência diferenciada, atuação coletiva e parcerias institucionais. “O desafio é vender sonhos ao invés de preços. A emoção é a chave do negócio. Quanto mais qualidade maior é a atratividade turística. Uma indicação geográfica precisa de contexto histórico, qualificação contínua, preservação do território, exclusividade e autenticidade”, detalhou.
Apontado como ‘bola da vez’ pela empresária, o enoturismo deverá experimentar crescimento mundial. “É o segmento mais promissor para o turismo e, neste contexto, as IGs são o principal fator de alavancagem da qualificação dos destinos enoturísticos”, destacou.
Fonte: Exata Comunicação
Foto: Andrison Santos
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