Vacina contra a dengue produzida no Brasil ainda está em fase de estudos clínicos no Parque Butantã, em São Paulo, com previsão de estar disponível em aproximadamente três anos. Atualmente, a vacina utilizada é a francesa Sufani Pasteur, única licenciada no Brasil, produzida para quatro tipos do vírus, mas com eficácia diferente para cada um deles. Ela previne a manifestação da doença e é indicada para crianças a partir dos 9 anos e para adultos até 49 anos. Mas o cuidado em não manter acúmulos de água parada em casa continua sendo uma arma importante para se prevenir contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite, além da dengue, o zika vírus e a febre chikungunya.
O assunto foi abordado no programa Governo em Rede desta semana, transmitido pela Rádio Web Piratini. Participaram a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, Lúcia Mardini, e a chefe da Divisão Epidemiológica, Tani Ranieri.
Em 2016, o número de casos de dengue aumentou em relação ao ano anterior. Segundo Tânia, houve 8.140 notificações e 2.437 casos confirmados, entre os quais 2.150 foram de pessoas que contraíram o vírus dentro do Rio Grande do Sul. “O número de municípios infestados vem aumentando ao longo dos anos. Hoje, temos 211 nessa situação, e isso é crescente”, afirmou. Em 2017, ainda não foi notificado nenhum caso de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Lúcia explicou que as condições climáticas influenciam muito na criação de focos de mosquito no litoral e na região Noroeste do estado: “A temperatura elevada é propícia para os insetos. E o trânsito muito intenso de cargas da Argentina, onde há muitas ocorrências, pode trazer o mosquito para o Brasil. Então, é um conjunto de situações que tem feito com que tenhamos alguns casos”.
Combate pela prevenção
Tanto Lúcia quanto Tânia falaram que a prevenção é a melhor forma de combate. Elas enfatizaram a importância de as pessoas fazerem vistoria diária em casa, porque é muita rápida a eclosão do ovo para a larva do mosquito em água parada. Dois a três dias são o suficiente.
Ovos e larvas podem aparecer, por exemplo, em pires de suporte para vasos de flores, e não basta remover a água. O recomendado é passar uma esponja para ter certeza da eliminação. Os ovos podem durar até um ano e, se receberem o mínimo de hidratação, já poderão virar larva. Em último caso, quando não é possível eliminar o foco, as secretarias municipais de Saúde estão capacitadas a usar o larvicida.
Tânia explicou a diferença entre dengue, zika vírus e chikungunya. Todas elas provocam sintomas muito semelhantes, mas com intensidades diferentes. A febre, por exemplo, é mais alta e constante na dengue. Já a exantema (manchas vermelhas na pele) está quase 100% associada ao zika vírus. Na chikungunya, os principais sintomas são fortes dores articulares e edemas nas extremidades. Também ocorre febre, mas bem mais baixa que na dengue, por volta dos 38,5 graus.
Fonte: Notícias Piratini
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