Resultado foi obtido com os extratos de uma planta amazônica conhecida como “miraruíra”, de nome científico Rourea cuspidata. Pesquisadores esperam que princípio-ativo dê origem a medicamento comercializado no intuito de beneficiar o maior número de pacientes diabéticos
A Universidade de Caxias do Sul celebra a conquista de mais uma patente de invenção, nas áreas da Farmácia e da Química, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Intitulada Composição Farmacêutica Compreendendo Extrato de Rourea Cuspidata, Uso da Composição Farmacêutica e Processo de Obtenção de Extrato de Rourea Cuspidata, a inovação propõe um composto fitoterápico que poderá ser utilizado para o tratamento da diabetes mellitus.
O resultado, descrito como promissor para tratamento de diabetes pelo professor Sidnei Moura e Silva, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCS, foi obtido a partir de extratos de uma planta amazônica conhecida como “miraruíra”, de nome científico Rourea cuspidata. A carta-patente BR 102016027921-6 foi expedida no dia 20 de outubro e tem validade de 20 anos, a contar da data do depósito, em 2016. “Além das publicações científicas, a patente concedida pelo INPI nos concede o direito de explorar esta tecnologia até 2036, contemplando o uso de extratos padronizados desta planta visando tratar a diabetes”, pontua.
Vinculado ao Laboratório de Biotecnologia de Produtos Naturais e Sintéticos – LBIOP, o projeto foi desenvolvido durante a pesquisa de mestrado da hoje mestra e doutoranda em Biotecnologia Manuela Merlin Laikowski, com o suporte dos professores Sidnei Moura e Silva, doutor em Toxicologia e Análises Toxicológicas, Leandro Tasso, doutor em Ciências Farmacêuticas, e Paulo Roberto dos Santos, doutor em Biotecnologia. Manuela explica que “o extrato foi capaz de baixar os níveis de glicemia em ratos, bem como recuperar células do pâncreas danificadas. Ainda estamos estudando os mecanismos, mas, em princípio, trata-se de uma sinergia entre os compostos presentes”.
O professor Sidnei acrescenta que o projeto, concluído com êxito na sua primeira etapa, comprova cientificamente o uso popular que a planta já possui. “É importante identificarmos, além do potencial farmacológico, as atividades tóxicas, para que haja segurança na ingestão de fitoterápicos como esse”, complementa.
A busca por extratos e compostos ativos de plantas está inserida em linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, esforço contínuo que tem como objetivo identificar ativos que possam vir a auxiliar no tratamento de doenças, conforme explica o professor Sidnei. Considerando o dado do Ministério da Saúde de que são 12,5 milhões (7% da população) os brasileiros afetados pela doença, os pesquisadores esperam que o medicamento seja comercializado no intuito de beneficiar o maior número de pessoas.
Fonte: Imprensa UCS
Fotos: Manuela Merlin Laikowski
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