No ano passado, mais de 2,4 mil pessoas foram atendidas, aliando prática de advocacia aos alunos e acolhimento social
Uma universidade desempenha um papel central no desenvolvimento de uma sociedade: não apenas por disseminar conhecimento e formar profissionais, mas também pelo seu alcance e por sua presença dentro das comunidades, transformando-as. A UCS Bento consegue promover isso conjuntamente, difundindo ciência e amparando a sociedade em muitos de seus gargalos. Um dos atendimentos que exemplificam esse papel está centrado no Serviço de Assistência Jurídica Gratuita, o Saju. Prestado de forma gratuita à população com restrições financeiras, o atendimento promove, ao mesmo tempo, a vivência prática da advocacia aos alunos e o acolhimento social àqueles que não têm condições de arcar com o custo de um profissional. “É uma maneira de inserir os alunos no mercado de trabalho, e isso acaba se transformando em retorno para a sociedade”, resume o coordenador do serviço, professor Paulo Francisco Mossi.
Ele e outros seis docentes revezam-se na orientação aos alunos, acadêmicos do oitavo semestre em diante, no atendimento aos casos que chegam ao Saju – o serviço integra a grade curricular do Direito da UCS. “Todos são supervisionados por um professor. Quando há necessidade, corrigimos as questões para que o direcionamento seja correto. O acompanhamento do professor é do início ao término do processo”, comenta Mossi. Embora praticamente todas as áreas do Direito possam ser atendidas, as causas ligadas às questões do direito da família e do consumidor, além da área previdenciária, acabam liderando os atendimentos no campus. E eles chegam aos milhares. Apenas em 2021, o serviço prestou assistência a 2.413 pessoas, resultando em 266 petições e 66 ações ajuizadas. Os casos que se transformam em processos ganham sequência em audiências no Fórum, cumprindo mais um importante rito na formação dos futuros bacharéis em Direito da UCS Bento – no ano passado, foram 36 delas, sendo 25 com composição de lide (resolução de conflitos conforme a vontade da lei).
Os alunos também frequentam o espaço, na companhia de professores, para acompanhar o andamento dos autos. “Nós estamos colocando no mercado profissionais com experiência, o que é uma exigência do mercado. Todos saem da universidade sabendo atender pessoas, manusear um processo, peticionar e ir ao Fórum entendendo seu funcionamento”, enumera Mossi. O Saju foi instituído pela UCS em 1992 e, desde então, tornou-se referencial para a população de baixa renda, com um serviço especializado desde o atendimento inicial até o encerramento do caso. Tudo ali é feito sob agendamento, a fim de resguardar a intimidade dos clientes. “É uma forma de humanizar a situação, já que muitas vezes os casos exigem privacidade por envolverem vizinhos”, exemplifica o coordenador.
Para ter acesso ao Saju, a renda de quem procura o serviço não pode ultrapassar dois salários mínimos e meio (R$ 3.030,00). O Saju atende de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h30min, exclusivamente sob agendamento, por meio dos telefones (54) 3449-5211 ou (54) 99985-3689.
Foto: Paula Larentis
Fonte: Exata Comunicação
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