UCS avança em parceria para o desenvolvimento de produtos e serviços para a Marinha

Dezessete projetos de pesquisa de Ciência, Tecnologia e Inovação do TecnoUCS foram apresentados como potenciais para o atendimento de necessidades estratégicas de defesa nacional. Acordo abre caminho para que empresas da região executem a produção de soluções demandadas pela força naval

Mais um passo na parceria entre a Universidade de Caxias do Sul e a Marinha do Brasil foi dado na última semana. Um conjunto de pesquisadores da UCS apresentou a gestores da Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha 17 projetos de pesquisa desenvolvidos na graduação e nos programas de Mestrado e Doutorado da instituição nas áreas de meio ambiente e energias renováveis, tecnologia de materiais, saúde, processos produtivos e organizacionais e tecnologia da informação.

Com isso, foram encaminhadas as condições para que a Marinha proceda a contratação de projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) da UCS, conforme estabelecido no protocolo de apoio mútuo em atividades de pesquisa e prospecção científica-tecnológica assinado pelas duas instituições em junho do ano passado.

As apresentações foram a primeira atividade de execução do acordo firmado entre a Universidade e a Marinha, que tem validade de cinco anos. A assinatura decorreu de tratativas iniciadas ainda em 2016, quando gestores das áreas de tecnologia da Marinha fizeram várias visitações técnicas aos laboratórios e estruturas do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação – TecnoUCS, conferindo a capacidade de atendimento das demandas estabelecidas pela Política Nacional de Defesa e especificadas nas Estratégias de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Defesa Nacional.

Com representantes de três órgãos do Centro Tecnológico da Marinha, sediado no Rio de Janeiro, a comitiva da força naval também apresentou aos gestores e pesquisadores da UCS as áreas de interesse específicas para projetos de CT&I. O Centro de Análise de Sistemas Navais atua com as questões relacionadas à gestão de segurança tecnológica e sistemas de informação.

O Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, com estudos e pesquisas nas áreas de biotecnologia marinha, tem entre as prioridades o desenvolvimento de materiais anti-incrustantes.

Já o Instituto de Pesquisas da Marinha é responsável pelo desenvolvimento dos sistemas de armas, dos serviços de processamento de sinais (guerra eletrônica), de controle e automação, e de ciência de materiais (tecnologias de blindagem, de propulsão, materiais pirotécnicos, controle de atmosfera em ambientes confinados e blindagem eletromagnética, entre outros exemplos).

Ganhos científicos, sociais e econômicos

Tanto os gestores da UCS como os da Marinha ressaltam o ganho científico, social e econômico que as parcerias entre as Instituições de Ensino Superior e as forças armadas proporcionam na medida em que as pesquisas e soluções desenvolvidas para as demandas de defesa têm ampla aplicabilidade civil. Somente entre os casos em que as pesquisas da UCS e as necessidades da Marinha convergem, o diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Paulo Roberto da Silva Xavier, apontou possibilidades de aplicação em setores como tecnologia da informação, compósitos poliméricos, farmacologia, medicina nuclear, ciência de materiais, entre outros.

Por esta razão, conforme ressalta o coordenador do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Engenharia e Ciências Ambientais da UCS, Lademir Beal, o acordo entre a Universidade e a força naval tem potencial de gerar resultados para os segmentos industriais e de serviços da região .

“Além de possibilitar o desenvolvimento científico-tecnológico focado nas necessidades de defesa, que podem ser estendidas à marinha mercante, um acordo como esse traz a grande possibilidade de incluir o setor produtivo regional como aquele que vai gerar os produtos e processos que surgirem das pesquisas desenvolvidas pela Universidade conforme as demandas da Marinha”, pontua.

Jó o pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da UCS, Odacir Graciolli, por sua vez, observa que, além da visibilidade à capacidade de geração de inovação da Universidade, uma parceria como a que está constituída amplia as possibilidades de captação de recursos junto aos órgãos de fomento à pesquisa. Com isso, os ganhos se estendem também à instância acadêmica, com o reforço dos programas de Mestrado e Doutorado, e, por consequência, ao mercado e à sociedade, com a qualificação de profissionais, produtos, processos e serviços.

Áreas temáticas da Marinha:

As demandas da Marinha são ordenadas a partir da Política Nacional de Defesa, que ordena as Estratégias em Ciência, Tecnologia e Inovação em sete áreas temáticas:

– Sistemas de Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento
– Defesa e Segurança Cibernéticas
– Meio Ambiente Operacional
– Nuclear e Energia
– Plataformas Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais
– Desempenho do Combatente
– Defesa Nuclear, Biológica, Química, Radiológica e Artefatos Explosivos

Projetos de pesquisa da UCS:
Os 17 projetos de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da UCS apresentados à Marinha abrangem às áreas de meio ambiente e energias renováveis, tecnologia de materiais, saúde, processos produtivos e organizacionais e tecnologia da informação.

 

Foto – Ariel R. Griffante

Fonte: Assessoria de Imprensa da UCS

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